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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

A volta da inflação

Em setembro do ano passado, o aumento de preços, principalmente nos supermercados, começou a ser percebido com mais clareza e reclamado pelos consumidores. Claro, ainda longe daqueles índices de 10% ao mês, nas décadas de 1970 a 1990; sem esquecer o inacreditável índice de  83%, registrado no mês de março de 1990.

A justificativa da inflação persistente e atual seria a maior demanda pontual, por causa dos auxílios emergenciais do governo federal, e a alta do dólar que encareceu produtos de alimentação. Entretanto, ocorreu uma alta de preços generalizada, o que os economistas chamam de índice de difusão, sendo que 7 em cada 10 itens aumentaram de preço.

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O fato é que o conjunto dos produtos da cesta básica do brasileiro vem sofrendo altas de preços, há alguns meses. O preço da carne, por exemplo, subiu 38% nos últimos 12 meses. Até os miúdos aumentaram de preço. A explicação desse aumento seria a demanda de alguns itens, usados em pratos típicos do inverno, como o mondongo, e, também, a busca de alternativas  para substituir cortes mais tradicionais com preços mais “salgados”.

Essa  inflação que todos estamos sentindo, em maior ou menor intensidade, dependendo da proporção do orçamento que cada um destina para comprar diferentes produtos,  está sendo mais cruel com as famílias de menor poder aquisitivo. Segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), para as famílias com renda domiciliar inferior a R$ 1.650,50 a alta de preços, acumulada nos últimos doze meses, é de 8,91%; já para as famílias que recebem mais de R$ 16.509,55 é de 6,33%.

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Isso tudo só aumenta o desafio para as pessoas e famílias que precisam rever seus gastos.  Por vivermos no automático, simplesmente  recebendo o salário ou a renda e pagando contas,  esquecemos ou  não nos preocupamos em rever nossas despesas. Não se trata só de pesquisar preços, anotar os valores gastos, mas de analisar como nos comportamos ao fazer as compras. É isso que pretende a educação financeira: ir além das finanças pessoais que se restringe a questões técnicas e começar a observar o comportamento.

Muitos especialistas recomendam aumentar ou diversificar as fontes de renda, desenvolvendo alguma atividade extra com o objetivo de aumentar os ganhos. É uma ideia  que pode encontrar dificuldades para ser realizada, ainda mais em tempos de crise, como o atual, em que as oportunidades de trabalho são poucas. Mas, o que pode ser feito imediatamente para aumentar o poder de compra é seguir alguns passos simples, como:

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A maioria dos consumidores brasileiros – 88.4% – pretende comprar menos por impulso, pensando mais no que vai gastar. Aquela história de gastar por gastar parece que, pelo menos por enquanto, ficou no passado. Nesse contexto,  Reinaldo Domingos, criador da DSOP Educação Financeira e pós-doctor em educação financeira, dá a seguinte orientação:

1º) realizar uma reunião familiar para levantar os desejos e objetivos individuais e coletivos:
      – apurar o custo de cada um;
      – em quanto tempo querem realizá-los;
      – quanto podem guardar mensalmente para a  finalidade;
      – de onde vão buscar o dinheiro para realizar esses objetivos;
2º) efetuar um diagnóstico da situação financeira atual: apurar o custo total, identificando o valor gasto em cada item que, se for o caso, poderia ser  substituído ou eliminado;
3º) ter e cumprir um orçamento, priorizando sonhos e propósitos;
4º) poupar: guardar recursos para a realização dos sonhos e propósitos;
5º) investir: deixar o dinheiro poupado em alguma aplicação financeira.

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