Abel Braga é apresentado no Internacional e vai encarar luta contra o rebaixamento

Abel Braga aceitou o desafio de livrar o Internacional do rebaixamento no Brasileirão. O ídolo vai comandar a equipe nos jogos restantes contra São Paulo e Red Bull Bragantino. Abelão vai trabalhar ao lado do preparador físico Élio Carravetta, que também retorna ao clube. Por romper o contrato, o Colorado precisará pagar R$ 1,3 milhão a Ramón e Emiliano Díaz.

Com 340 jogos oficiais, Abel Braga, de 73 anos, é o treinador que mais atuou no clube. Será a oitava passagem. Foi campeão mundial, da Libertadores, duas vezes do Gauchão e ainda da Dubai Cup. Segundo informações de bastidores, Abel não pretende seguir o trabalho após o fim do Brasileirão, independentemente do desfecho.

Abel Braga está convicto de que o Internacional não vai cair. “Se eu não acreditasse, não viria. Já fiz as contas: com dois empates e uma vitória, resolvemos o problema. Até um empate e uma vitória resolve”, declarou. O treinador indicou o caminho para tirar a equipe da situação crítica. “O mental se torna horrível. Quando a bola não entra, o peso emocional aumenta, o jogador não reage da mesma maneira. Confiança é tudo. Sei como é passar por isso”, disse.

Abel comandou a primeira atividade ontem à tarde no CT Parque Gigante e foi apresentado na sequência. A primeira batalha será na quarta-feira, às 20 horas, diante do São Paulo, na Vila Belmiro, em Santos. O capítulo final da temporada está marcado para o próximo domingo, no Beira-Rio, às 16 horas, contra o Red Bull Bragantino.

O presidente Alessandro Barcellos informou que Abel Braga não pediu remuneração para comandar a equipe nos dois jogos. “Não escutei de ninguém que o vestiário está rachado. Senti exatamente o contrário. A assimilação da primeira conversa foi boa. O grupo está ruim na parte mental. Os jogadores precisam ser contagiados. Não falta nada aqui em termos de estrutura. Temos que confiar e temos que acreditar”, comentou na coletiva de apresentação em relação ao primeiro contato com o elenco.

Abel deu uma declaração homofóbica ao dizer que não queria coletes rosa nos treinamentos porque é “cor de viado”. O treinador apontou que principal fator para o elenco é acreditar. “O grupo tem qualidade e precisamos voltar a ser nós mesmos. Vamos jogar com as coisas da minha cabeça. Estou aqui para não sentir no coração o que senti lá atrás, em 2016. De 2021, não tenho mágoa nenhuma. O presidente havia contratado um técnico em evidência. Ninguém esperava aquela reviravolta.”

O diretor de futebol, Andrés D’Alessandro, foi elogiado pelo empenho. Ele é uma formiguinha. Está em todos os lados, preocupado com tudo. Ele merece muito ser ídolo”, sublinhou. No fim, Abel revelou que pediu apoio aos torcedores. “Estavam me esperando no aeroporto. Os elogiei porque nunca abandonaram o clube. Pedi para eles não xingarem os atletas. Tenho convicção que não vai cair até pelo primeiro tempo contra o Santos. O problema é anímico”, concluiu.

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