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“Acabou com parte de mim”, desabafa vítima de tentativa de estupro

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Nos trilhos da antiga estação de Ramiz Galvão, onde foi atacada, Marta mostra as lesões no braço deixadas pela ação de agressor

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Eram 20h38 do último dia 11 de dezembro, uma sexta-feira, quando Marta Thailise Konzen Fusieger ligou para a mãe. Precisava buscar um Clonazepam para conseguir dormir, depois de dias com insônia. Funcionária de uma empresa do setor alimentício de Rio Pardo, ela está de atestado. Sofre de depressão profunda.

Após o telefonema, Marta vestiu uma roupa casual e saiu de casa, no Bairro Ramiz Galvão, Rio Pardo, para ir a pé até a residência dos pais, a 800 metros da sua. A mulher de 27 anos aproveitou para jantar a comida caseira da mãe e colocar o papo em dia com ela, o pai e um de seus irmãos. Após sair da casa dos parentes, no caminho de volta, ligou para uma amiga às 22h13, para matar o tempo enquanto fazia o trajeto de 15 minutos.

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Mulher sofre tentativa de estupro em Rio Pardo

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A exatidão dos horários dos telefonemas deve-se aos registros preservados pelo celular de Marta – que caiu no chão e ficou com a linha ativa, no momento em que ela foi raptada por um abusador. Do outro lado da linha, a amiga da vítima ouviu seus primeiros gritos de socorro, fato que seria crucial para encontrar a jovem ainda com vida.

“Eu não vi que ele estava atrás de mim. Acredito que estava me seguindo”, relatou Marta em entrevista à Gazeta do Sul, na qual fez questão de divulgar seu nome e mostrar o rosto. “Olhei para trás, vi que era uma pessoa que eu não conhecia e dei um passo ao lado para deixar passar. Quando fiz isso, ele me pegou pelo pescoço em um mata-leão e me empurrou para a estação, me jogando contra a parede.”

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MOMENTOS DE TERROR

Na luta, Marta perdeu os calçados e o celular. “Falei: ‘Por favor, me solta. Eu te dou dinheiro, só não me mata’. Nunca passei por essa situação. Achava que iria morrer e implorava pela minha vida. Na minha cabeça, eu só via minha família e minhas duas filhas. Foram momentos de terror.” A suspeita de que havia um sequestro em andamento ocorreu quando a amiga ouviu os gritos de socorro no celular ativo, e tratou de avisar a mãe e o pai da vítima.

“Minha mãe e meu pai acionaram a Brigada. O bandido tentou se esconder e dizia para eu calar a boca. O sentimento era de agonia, desespero.” Depois de 40 minutos em poder do criminoso, um lance de sorte, segundo a vítima, salvou-a. “Chegando em uma rua, eu dei sorte, pois era próximo da casa da minha mãe, fato que ele não sabia. Quando ele me mandou para os trilhos, empurrei ele e saí gritando. A vizinhança ouviu, aí ele saiu correndo.”

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