Academia de Letras de Santa Cruz inaugura sede no Centro de Cultura

Eles chegam à antiga Estação Férrea com uma bagagem extensa, prontos para fazer história. Em clima de celebração, na noite dessa terça-feira, 21, a Academia de Letras de Santa Cruz do Sul inaugurou sua sede junto ao Centro de Cultura Jornalista Francisco José Frantz, no Centro. O espaço também vai contar com biblioteca, cujo acervo irá apresentar obras de autores locais e regionais, além de exemplares que remetam à cultura e à história local.

Para dar início aos pronunciamentos da cerimônia de inauguração, os escritores Leonardo Andriolo e Romar Beling foram convidados a ler textos de Moina Fairon Rech e Benno Bernardo Kist, respectivamente, sobre Francisco José Frantz, considerado “um gigantesco personagem cultural desta terra”, que hoje dá nome ao prédio da antiga Estação Férrea, construído há 120 anos. Na ocasião, ainda foi citado o projeto de autoria da então vereadora Sônia Marli Kessler Kist, que sugeriu a homenagem na época.

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Em seguida, o membro da academia Nasário Bohnen lembrou da caminhada de formação do grupo, criado em 2017 por meio da lei nº 7.696, de sua autoria. “A Academia de Letras revela para todos nós o potencial cultural da nossa Santa Cruz. Cada escritor, cada pessoa que está aqui fomenta a leitura e a escrita. Esse é o caminho da educação, do conhecimento, da cultura.”

A presidente Marli Silveira, que protocolou o pedido de uma sede junto à Prefeitura, há quatro meses, citou a relação com o ponto histórico. “Aqui estamos celebrando a memória de alguém que trabalhou muito pela cultura, informação e formação. É um espaço de memória, zelo e conservação de nossa história.”

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Segundo ela, a biblioteca também representa o primeiro passo para a construção de um memorial da literatura local e regional. “Aqueles que tiverem exemplares estão convidados a contribuir. Aqui não teremos a prática de emprestar livros, mas o espaço estará aberto à pesquisa e à leitura interna.”

Prioridade

O secretário municipal de Cultura e Economia Criativa, Douglas Albers, presente à inauguração, lembrou que o pedido da Academia de Letras foi atendido com prioridade. “Nós não poderíamos ter escolhido outro lugar para essa sede, levando em conta a quantidade de histórias que aqui foram vividas e contadas. Não é um favor, mas uma obrigação do poder público em disponibilizar esse espaço.”

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