ads1 ads2
GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Advogado coloca réu e sobrevivente da tragédia frente a frente

ads3

Advogado Jader Marques perguntou se vítima odiava Elissandro. Juiz o interrompeu

ads4

Mais uma vez, a emoção tomou conta do plenário do Tribunal do Júri do Foro Central I, em Porto Alegre, no segundo dia do julgamento dos quatro acusados de terem causado o incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria, na madrugada de 27 de janeiro de 2013. Os sócios da boate, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann; o vocalista da Banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos; e o produtor musical Luciano Bonilha Leão respondem por homicídio com dolo eventual cometido contra 242 pessoas e tentativa de homicídio contra outras 636.

Depois dos depoimentos de duas sobreviventes – Kátia Giane Pacheco Siqueira, de 29 anos, ex-atendente de cozinha da boate, e a frequentadora Kellen Giovana Leite Ferreira, de 28 – na quarta-feira, nessa quinta-feira, 2, foi a vez de mais quatro pessoas reviverem os momentos de terror da maior tragédia da história do Rio Grande do Sul.

ads6 Advertising

Publicidade

Emanuel casou em 2018 com enfermeira que o tratou logo após incêndio, em 2013

LEIA MAIS: “Tentaram matar a gente”, diz a primeira sobrevivente a depor

Com entendimento sobre o assunto, enumerou fatos que considerou como falhas de segurança na Kiss. “Não soou nenhum alarme, não estava clara a rota de saída de emergência e não teve iluminação. Também não lembro de ter visto extintor.” Respondendo a uma pergunta do Ministério Público, Emanuel revelou que acabou se casando, em 2018, com a enfermeira que o tratou no hospital, após a tragédia. Os dois têm uma filha.

Vítima perdeu irmão que salvou 14 pessoas de dentro da boate

ads7 Advertising

Publicidade

Vinícius Montardo Rosado, de 26 anos, ficou conhecido após a tragédia. Segundo bombeiros que atuaram no incêndio, o jovem salvou pelo menos 14 pessoas que estavam na boate, antes de ser levado em estado grave ao hospital, onde acabou morrendo. Um dos momentos mais emblemáticos do júri nesses primeiros dias aconteceu durante o depoimento de Jéssica. O advogado Jader Marques chamou o seu cliente, o réu Elissandro Callegaro Spohr, colocou-o em frente à sobrevivente e perguntou a Jéssica: “Tens ódio dele?”.

Em meio à resposta de Jéssica, de que não sentia ódio, o juiz Orlando Faccini Neto interrompeu: “Acho que isso não é adequado, porque estamos em um sistema de justiça que busca racionalizar o que as vítimas sentem. Por isso, dentre outros aspectos, considero isso apelativo e desnecessário”, disse o magistrado, pedindo para Elissandro voltar à sua cadeira.

Jéssica chora ao lembrar momento em que fogo iniciou. Ela estava diante do palco | Foto: Juliano Verardi/Imprensa TJ-RS
ads8 Advertising
ads9 Advertising

© 2021 Gazeta