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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Ágatha cobrou recibo do Noel

Nossa caçula, Ágatha, decidiu essa semana fazer um agrado ao Papai Noel. Andava preocupada com o volume de tarefas que recaem sobre o Bom Velhinho neste período que antecede o Natal, quando – ao que se sabe – ele circula pelas casas para apanhar as cartinhas, para deixar guloseimas sob as árvores natalinas e, principalmente, para espionar se as crianças andam se comportando. É um ritmo frenético de trabalho que, segundo Ágatha, certamente deixa o Papai Noel com muita fome.

Pensando nisso, a traquinas preparou-lhe um lanche: uma xícara de Nescau gelado – ideal para estas noites quentes, que destoam do clima no Polo Norte –, acompanhada de algumas bolachas de Natal, cuidadosamente depositadas perto do pinheiro. Afinal, um lanche natalino requer, indiscutivelmente, bolachas de Natal. Mas, ao lado, a marota também deixou um bilhete com um recado: “Favor assinar”.

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Mas é claro que não é só isso. Quem pede um recibo quer uma garantia legal do beneficiário, um comprovante de que ele realmente teve acesso ao produto. Pedir recibo é uma demonstração ostensiva de desconfiança, uma mostra de que já não basta ater-se à palavra empenhada, ao fio do bigode – ou da barba branca.

Qual seria o motivo de tamanha precaução?

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Contive-me, portanto, e nem cheguei perto do lanchinho. E, no dia seguinte, ao lado da xícara e do pires vazios, Ágatha encontrou um bilhete de agradecimento deixado pelo Papai Noel, com a assinatura dele e o tradicional HO-HO-HO.

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De fato, Papai Noel realmente sabe de muita coisa…

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São episódios como esse, e como outros que relatei aqui na coluna nas últimas semanas, que tornam o Natal uma data tão especial. São as crianças que fazem a magia do Natal. Para elas, esse continuará sendo um período fantástico, ainda que o resto do ano tenha sido, por força da pandemia, de crise, retrocesso, desemprego.

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Contudo, nós, adultos, sabemos que esse ano foi difícil, desesperador e até trágico para muita gente. Sabemos o quanto esse Natal poderá ser triste para tantas famílias duramente impactadas pela crise. E é por isso que a solidariedade, mais do que nunca, mostra-se imprescindível para manter viva a alegria do Natal. Não há espírito natalino sem solidariedade.

Por isso, convido o leitor a refletir, nestes poucos dias que antecedem o 25 de dezembro, sobre a possibilidade de, quem sabe, fazer mais feliz o Natal de alguma criança ou família necessitada. Um brinquedo simples depositado na porta ou um ranchinho enviado de forma anônima podem fazer a diferença. Afinal, mais do que nunca, Papai Noel vai precisar de ajuda neste ano.

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