Ex-jogador uruguaio, autor do gol histórico que deu o título ao Uruguai na Copa do Mundo de 1950, em uma vitória por 2 a 1 sobre o Brasil no Maracanã, Alcides Edgardo Ghiggia morreu nesta quinta-feira, 16 de julho, em Montevidéu, aos 88 anos, exatamente 65 anos após o episódio que ficou conhecido como “Maracanazo”.
Ele sofreu um ataque cardíaco e lutava contra um câncer há 10 anos. Morava em Las Piedras, nos arredores da capital uruguaia. Ao longo da carreira, defendeu ao longo da carreira Peñarol, Roma, Milan e Danubio. “Só três pessoas na história conseguiram calar o Maracanã com um só gesto: o Papa, Frank Sinatra e eu”, disse em uma entrevista. Ghiggia receberá diversas homenagens até o momento do sepultamento, que acontecerá nesta sexta-feira, 17.
Há três anos, Ghiggia ficou próximo da morte, mas conseguiu se recuperar e receber outras homenagens ainda em vida. Em junho de 2012, sofreu um grave acidente de carro, fraturou uma das pernas e teve traumatismo craniano. Ele ficou 20 dias em coma induzido num hospital em Montevidéu, passou por diversas intervenções cirúrgicas, mas se recuperou meses depois.
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Há um ano, Ghiggia comentava de casa sobre os acontecimentos na Copa do Mundo. Ele criticou a mordida de Luis Suárez em Chiellini (“Não sei o que este rapaz tem na cabeça”), que rendeu nove jogos de suspensão ao atacante, e também afirmou que o Maracanazo foi maior do que o vexame brasileiro diante da Alemanha (“Diferente porque era uma final”). O ídolo uruguaio está presente na calçada da fama do Maracanã desde dezembro de 2009.
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