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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Alguém para ajudar Clarice

Com o cabelo por pentear, a pequena Tamires, de 7 anos, chega com as amigas para ver o que se passa na casa de vó Clarice. “Oi”, cumprimenta a menina. Ali, no chalé sem número da Rua 2 do Bairro Progresso, é onde as crianças são geralmente recebidas com um abraço. Nesse dia é de manhã, pouco antes das 9. De férias da escola, Tamires foi tirada da cama pela mãe. A pedido de vó Clarice, que não quis aparecer sozinha na foto, as vizinhas mais próximas logo tratam de chegar. 

Tamires faz pose e coloca-se bem na frente. Após o registro, é ela a primeira a fazer um pedido: “Quero uma boneca no Natal”. Depois é Stefani, de 11 anos, quem se manifesta e diz querer a mesma coisa. “Eu quero uma boneca igual à da Tami”, grita, com o braço erguido para se fazer ver. “E eu quero material escolar, porque depois das férias vou precisar”, revela Érica, de 8 anos. O único a se manter calado é Cristiano. “Ele só tem 4 anos e ‘tá’ envergonhado. Mas ele já disse que quer um carrinho grande ou o Homem de Ferro”, conta a mãe, dona Sirlei. 

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“Minha maior alegria é ver as crianças sorrindo e me abraçando, por isso sempre faço alguma coisa doce ou salgada para elas.” Para comprar o necessário, Vó Clarice não mede esforços. Mobiliza as filhas para arrecadar latas e litrões descartáveis o ano todo, vende e, com o  valor que recebe, transforma sua casa simples em um ambiente de festa. “A vó até enfeita a casa de balões”, conta Tamires. A última festa organizada por ela reuniu cerca de cem pessoas em um campinho no bairro. “Foi no Dia das Crianças. Tinha cachorro-quente, pastel e até pula-pula pra gente brincar”, recorda-se Tamires. 

DOAÇÃO

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Um dos moradores do lugar, o artista plástico Éverson Souza, já se prontificou em ajudar também. “A gente quer oferecer um momento de diversão, mas de confraternização também”, diz Éverson. Quem quiser colaborar, os telefones de contato são (51) 99851 0019 e 99664 4439. “As crianças estão contando com essa festa. Por isso, preciso da ajuda de quem puder. Pra mim, não tem maior alegria do que ver essas crianças sorrindo com gestos simples”, conclui Clarice.

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