O movimento estudantil, historicamente, tem relevância na sociedade. Não é de hoje que líderes nos ambientes escolares e universitários destacam-se em ações políticas na defesa, sobretudo, de mais igualdade e da manutenção e reforço do processo democrático. Alguns casos foram emblemáticos, dentro e fora do Brasil. Em 1918, por exemplo, estudantes ocuparam a universidade em Córdoba, na Argentina. Eles pediam mais autonomia universitária para definição de currículos e uso de verbas. Conquistaram gratuidade do ensino em instituições públicas, realização de concurso para professores e participação nos processos eleitorais internos.
Na China, uma das cenas mais marcantes da história mundial foi protagonizada pelo movimento estudantil. Em 1989, milhares de jovens foram à Praça da Paz Celestial, em Pequim, cobrando a adoção de políticas de abertura democrática. Um homem, em pé na rua, parou uma fileira de tanques, que se dirigiam ao logradouro para reprimir os manifestantes.