Em homenagem a todos os trabalhadores da região, pela passagem do Dia do Trabalho, comemorado nesse domingo, a Associação dos Amigos do Cinema exibe nesta terça-feira, 3, a partir das 20 horas, o filme Tempos Modernos (1937), de Charles Chaplin. É o último filme mudo de Chaplin, e tem como foco a vida urbana nos Estados Unidos nos anos 30, imediatamente após a crise de 1929, quando a depressão atingiu toda sociedade norte-americana, levando grande parte da população ao desemprego e à fome. A sessão acontece no auditório do Sindicato dos Bancários (Sindibancários – Rua Sete de Setembro, 489), com entrada franca.
Carlitos é funcionário de uma fábrica e tem um colapso nervoso por trabalhar de forma escrava. É levado para um hospício e, quando retorna para a “vida normal”, para o barulho da cidade, encontra a tal da empresa fechada. Em um outro canto da cidade, uma jovem tem que realizar furtos para sobreviver, e sua vida é uma constante fuga.
Enquanto isto, Carlitos busca um outro destino, mas acaba se envolvendo numa trapalhada: ele é confundido com um líder comunista por trás de uma greve que está a acontecer e acaba por ser preso. Ele tem que arrumar um emprego rapidamente. Consegue numa outra fábrica, mas logo os operários entram em greve e ele mete-se novamente em perigo. No meio da confusão, vai preso ao jogar sem querer uma pedra na cabeça de um policial. A jovem consegue trabalho como dançarina num salão de música e emprega Carlitos como garçom. Também não dá certo. Então os dois seguem, numa estrada, rumo a novas aventuras.
Publicidade
O fato de Carlitos ter que sobreviver em meio ao mundo moderno e industrializado é considerado uma forte crítica ao capitalismo, stalinismo, nazifascismo, fordismo e ao imperialismo. O filme também alude aos maus-tratos que os empregados passaram a receber durante a Revolução Industrial. Chaplin passa a sua mensagem social. Cada cena é trabalhada para isto. E nada parece escapar: máquina tomando o lugar dos homens, as facilidades que levam à criminalidade e à escravidão. O amor também surge, mas de uma forma quase paternal, de um quase mendigo por uma menina de rua.
This website uses cookies.