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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Amor aos animais

Um dia me prometi escrever sobre uma cena que ficou gravada na minha alma. Há cerca de dois anos, numa das minhas caminhadas pela cidade, cheguei à quadra da Afubra. Bem no meio fica a guarita da vigilância. À frente, estava o vigia de plantão olhando para a frondosa paineira que fica na área da Escola Goiás.

Era domingo de manhã. Ele me parou: – Escuta que triste ouvir esse pássaro chorando! Desde sexta-feira está assim. Acho que aprisionaram sua companheira, ou a mataram. Talvez alguém retirou-lhe os filhotes, ou tenham ficado sem quem os alimentasse. Foi levantando hipóteses, mas se sabia impotente para amainar aquela dor. Ele ficou, eu fui adiante. Com ele, o lamento doído do pássaro enlutado; comigo, a lição renovada do amor aos animais e às pessoas que cultivam a sensibilidade de aconchegá-los a seus corações. Aquele vigia me propiciou uma generosa lição de vida.

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Nem sempre essa convivência existiu, ou ao menos com tanta extensão. Por muito tempo, por exemplo, os cães estavam destinados a encontrar sua própria alimentação. Escassa, inexistente, desfilavam suas carcaças pelas ruas da cidade. Graças a políticas públicas e ao empenho de algumas pessoas, essas cenas são cada vez mais raras em Santa Cruz do Sul.

Hoje, na maior parte dos lares, há ao menos um animal de estimação. E, da casinha do pátio, muitos migraram para dentro da domus, da casa, tornando-se parceiros inseparáveis da cotidiana convivência de tantas pessoas, de algumas os únicos companheiros a oferecer carinho e aplacar a solidão. 

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Sei que há questões relevantes e urgentes a debater. Mas hoje resolvi escrever sobre o amor aos animais. Penso que quem acolhe, alimenta, acaricia um animal também se torna um ser humano melhor.

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