ads1 ads2
GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Andanças VII

Os negócios são quase todos muito parecidos, a meu sentir. Há que ter qualidade. O que é bom se defende. O que não pode acontecer é o interessado olhar o produto e dizer: “Pois é, não era bem isso que eu queria.” E sair sem sequer perguntar o valor.

Há quem diga que imobilizar , adquirindo a propriedade do campo,  não é o  melhor caminho, arrendar seria melhor. Ocorre que o bom da pecuária são os negócios bem fluídos e desregulamentados. O proprietário de uma gleba de, por exemplo, mil hectares, sempre tem quem queira locá-la no todo ou em parte. Se precisar vender, pode fazê-lo em fatias.

ads6 Advertising

Publicidade

Eliminei a fase da engorda, ou terminação. Ficamos só com cria e recria. As vacas falhadas vendemos para invernadores cujos campos tem essa vocação. Além do que o leque para venda do gado gordo é restrito e cartelizado .

Não recriamos terneiros machos. Na entrada do outono são todos vendidos, o que considero bom negócio, pois a mãe se livra do terneiro, já que está prenha de outro.

ads7 Advertising

Publicidade

Mas não é só isso. Aquilo de o peão dormir num canto do galpão junto com os cuscos é coisa do passado. O barato sai caro. Por isso, carteira assinada, todos os direitos assegurados, normas de segurança, folgas, horários estipulados. Alojamentos condignos, alimentação farta.

Mas há peculiaridades. Na Campanha o verão é abrasador e o sol aparece cedo. É mister, portanto, que a peonada saia para o campo ao alvorecer, logo após o café. Por volta do meio-dia retornam à sede, almoçam e sesteiam, porque nessa hora mexer com pessoas, gado e até com as cobras é totalmente contra indicado. Só lá pelas 4 ou 5 da tarde é que recomeça a faina. 

ads8 Advertising

Publicidade

Mas tinha um bichinho que há horas me fazia “coscas”. Toda vez que eu ia na Expointer ficava com mais vontade de um dia trazer um animal, nem que fosse só para concorrer.

Assunto para a próxima coluna.

Publicidade

ads9 Advertising

© 2021 Gazeta