Quarta-feira comemoramos mais um Dia do Professor. Muitos dirão que há poucos motivos para festejar, com o que concordo. Trata-se de um ofício que exige muito, todos os dias, em termos físicos e emocionais. O cotidiano requer atualização permanente, paciência e criatividade para sobreviver à pouca valorização financeira e à “liberdade total” proclamada em todos os ambientes sociais.
A dinâmica dentro da sala de aula mudou muito nos últimos anos. A permissividade que se vê no âmbito familiar se estende à sala de aula. Passou-se do “nada pode” – de meus tempos – para o “tudo pode” que regula as relações “modernas”.
A autoridade do professor deve ser ensinada dentro de casa. É preciso demonstrar que o docente é a figura máxima dentro da hierarquia escolar. Isso nada tem a ver com opressão ou abuso de poder. É apenas norma de convivência, fundamental para evitar o caos e viabilizar e justificar as funções da escola.
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Guardo muitas lembranças dos bancos escolares. Tive bons e sofríveis professores. Com aqueles inesquecíveis aprendi a importância de conservar qualidades como solidariedade, bom senso, paciência e dedicação. Com os educadores pouco afeitos à função, adquiri noções de sobrevivência e de convivência com aqueles que pensam (e agem) de maneira diferente.
Conviver com fracassos e frustrações nos torna seres humanos melhores porque nos amadurece e nos torna pessoas adaptáveis aos infortúnios da vida. Atualmente proliferam jovens com dificuldades de adaptação à vida adulta. Há problemas de relacionamento com superiores no trabalho, com colegas de cotidiano. Para driblar as dificuldades, vivem numa bolha ou optam por viver em sua “zona de conforto”.
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O professor é justamente o meio-termo, o facilitador capaz para ensinar as nuances da transição – da infância para a adolescência e dali para a vida adulta. O educador possui ferramentas, expertise e preparo porque estudou exaustivamente para exercer a profissão. Infelizmente proliferam pais permissivos que, a título de manter (o seu) sossego, têm dificuldades para exercer a função de educadores.
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Dizer “não” é preciso sempre que o comportamento dos filhos for inapropriado. Não é tarefa fácil. Afinal, não se exige preparo algum para desempenhar a “profissão” de pai e mãe. Impõem-se fazer curso de batismo, de casamento, para obter carteira de habilitação e para conquistar um diploma. Ser pai e mãe requer apenas vontade.
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O professor é cada vez mais uma figura fundamental na formação do cidadão responsável, cumpridor de suas obrigações e consciente de sua importância no mundo contemporâneo.
Parabéns, professor e professora. Vocês são indispensáveis e fundamentais para um mundo melhor. A tarefa é árdua, mas compensadora.
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