Nos quadrinhos, Wolverine tem 1,60 m de altura. Até a reportagem deveria olhar para baixo para encarar o rosto do mutante mais amado das histórias dos X-Men, grupo de mutantes (humanos com mutações genéticas que lhe trazem poderes dos mais variados, bons e ruins) criados em 1963 por Stan Lee e Jack Kirby. Mas o sujeito do outro lado da porta de um hotel de luxo da zona sul de São Paulo tem quase trinta centímetros a mais do que o personagem das HQs que ele interpreta, pela última vez, em Logan, filme que estreia nesta quinta-feira, 2, no País.
Hugh Jackman também sorri com muito mais frequência do que Wolverine, famoso pela cara fechada, grunhidos em vez de respostas e pouco apreço por piadas. O ator de 48 anos, sendo 17 deles dedicado ao tampinha mais feroz que você conhecerá na vida, dono de longas garras de aço inquebrável, está se despedindo do mutante. E o faz com uma rotina de uma estrela da música pop, viajando o mundo.
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Quando eu era criança, meu sonho era viajar o mundo. Não sabia como faria isso. Pensava em ser um cozinheiro de avião”, ele diz, rindo.
Jackman está satisfeito. Seu Wolverine dá adeus mais violento, sanguinário e quebrado – um homem tido como imortal que, enfim, vê a morte de perto. Para quem está tão próximo de um personagem por tanto tempo quanto o ator, a despedida não poderia ser melhor. “Finalmente conseguimos fazer o filme que ele merecia.”
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