Após aumento, Santa Cruz está entre as dez tarifas de ônibus mais caras do Estado

Entrou em vigor na última semana uma mudança que está impactando o bolso dos moradores de Santa Cruz do Sul que dependem do transporte coletivo. Desde o último dia 1º, o valor da passagem do ônibus urbano ficou em R$ 5,50, um aumento de 23,6% em relação ao anterior, que era de R$ 4,45. Com isso, o município está entre os dez com as tarifas mais caras do Rio Grande do Sul – ficando acima até mesmo de Porto Alegre, onde recentemente houve um reajuste para R$ 5,00.

O novo preço em Santa Cruz foi confirmado após a Prefeitura garantir que seguirá pagando o subsídio às passagens. O Consórcio TCS, empresa responsável pelo serviço, havia apresentado inicialmente uma tarifa calculada de R$ 7,15. Este foi o primeiro aumento no bilhete dos ônibus em Santa Cruz desde 2020.

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Após o reajuste, Santa Cruz pulou da 34ª para a 9ª posição no ranking, considerando apenas os municípios com mais de 50 mil habitantes, segundo levantamento realizado pelo Portal Gaz. A cidade-polo do Vale do Rio Pardo fica empatada com Bagé, Santa Rosa e Rio Grande, que também cobram R$ 5,50 pela passagem no coletivo urbano. Nessa última, no entanto, já foi confirmado que o valor aumentará para R$ 5,80 a partir desta quarta-feira, 9.

No ranking estadual, o primeiro lugar é ocupado, com sobras, por Caxias do Sul, que cobra uma tarifa de R$ 7,50 no transporte coletivo urbano para quem paga em dinheiro. No entanto, o elevado preço é compensado por uma série de benefícios: no entrepico em dias úteis, das 9 horas às 11 horas e das 14 horas às 16 horas, o valor cai para R$ 4,45. Já para quem utiliza o cartão Caxias Urbano e faz a compra antecipada das passagens, cada uma fica em R$ 5,45.

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Nesses casos, a diferença entre a tarifa paga com o cartão, de R$ 5,45, e o valor real, de R$ 7,50, é paga pela própria Prefeitura à empresa Caxias Urbano, responsável pelo serviço, por meio de subsídio. Segundo o poder público municipal, no fim de 2023, cerca de 90 a 100 mil pessoas utilizavam o transporte urbano diariamente, mas apenas 8,5% delas pagavam a passagem em dinheiro.

As tarifas mais acessíveis do Estado entre os municípios acima de 50 mil habitantes são de Parobé, na região metropolitana de Porto Alegre, onde o ônibus urbano é gratuito; Canoas, onde há um período de gratuidade em vigor até 31 de maio e, após, será cobrado R$ 2,75; e Camaquã, onde o valor é de R$ 3,50.

Venâncio Aires tem segunda tarifa mais cara

Em segundo lugar na lista, aparece outro município do Vale do Rio Pardo: Venâncio Aires, onde se é cobrado R$ 6,60 pela passagem do ônibus urbano. Assim como em Santa Cruz, na Capital do Chimarrão o serviço também teve um reajuste recente, por meio de decreto. Até então, o valor praticado era de R$ 6,05. A cobrança de um preço mais alto em relação a outras cidades de porte parecido é porque não há pagamento de subsídio por parte da Prefeitura, como ocorre na maioria dos casos. Dessa forma, a tarifa colocada em prática é a mesma que foi calculada pela Chimatur, empresa responsável pelo serviço.

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Segundo a lei municipal 7.054, de 2022, a revisão do valor da passagem ocorre de forma anual, de acordo com a metodologia estabelecida pelo Grupo Executivo de Integração da Política de Transportes (Geipot). O cálculo leva em consideração critérios como custos variáveis decorrentes da rodagem; provisões de depreciação, renovação e manutenção dos veículos; remuneração do capital investido; custos com pessoal e encargos sociais; remuneração da diretoria; tributos e taxas; e despesas administrativas gerais, o que inclui bilhetagem eletrônica, taxas de vistoria e seguros, entre outras.

Só nos últimos cinco anos, a tarifa do transporte coletivo em Venâncio Aires já aumentou R$ 2,05, enquanto o valor em Santa Cruz do Sul permaneceu o mesmo de 2020 até março de 2025. Considerando os últimos dez anos, o preço na Capital do Chimarrão teve uma alta de 127,6%, enquanto em Santa Cruz a diferença é de 111,5%.

Confira as tarifas de transporte coletivo mais caras do Rio Grande do Sul*

*Considerando apenas municípios acima de 50 mil habitantes

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