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Após ser flagrado no exame antidoping, Magrão revela uso de remédios para tratar câncer

Flagrado no exame antidoping, o volante Magrão, do Novo Hamburgo, fez uma revelação antes do jogo contra o Grêmio na noite de quinta-feira, 9, na Arena. O jogador de 36 anos contou que luta contra um câncer de testículos desde 2011, quando ainda atuava nos Emirados Árabes. Ele revelou que os remédios que toma para controlar a doença devem ter influenciado para que o resultado desse positivo. 

Após admitir a doença, Magrão não se abateu. Participou do jogo de forma ativa e no final ainda revelou que é possível que encerre a carreira. “Se eu não tiver como continuar fazendo esse controle, eu paro de jogar futebol. Minha vida é mais importante do que o futebol. Sou muito grato, consegui mais do que esperava. Vou tentar de todas as formas normalizar isso. Controlar. Até porque não deu cinco anos desde que retirei o tumor. Se o nível (do hormônio) fica mais alto, é possível abaixar, mas, se for o caso, eu paro para cuidar da minha saúde. Papai do céu me deu condição legal para cuidar da minha família. Para mim, se eu não puder me medicar para poder jogar, eu paro e vou fazer outra coisa da minha vida e sou muito grato ao futebol”, desabafou o jogador, visivelmente emocionado. 

A substância que deve ter dado positivo no exame, segundo o jogador, é o hormônio feminino HCG. Agora o volante toma as devidas providências para explicar o caso de doping, após o pedido de contraprova. Se o resultado for novamente positivo, Magrão será suspenso e deve, assim, encerrar a carreira. Se for negativo, ele seguirá jogando normalmente, de preferência, pelo Novo Hamburgo, em caso de classificação à Série D – o volante revela que recebeu sondagens de outras equipes.

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Na entrevista, ele ainda revelou que decidiu se pronunciar sobre o assunto após receber críticas nas redes sociais. “Eu não queria expor isso. É algo pessoal. mas era a forma de eu falar a minha verdade. Peço desculpas à minha família. Era algo íntimo, que só meus pais e as pessoas muito próximas sabiam. Aí, surge a notícia do doping e você vê coisas duvidando até do meu caráter. Sua família vê isso. É duro. Você sofre. Quis desabafar para vocês minha verdade. Espero que na contraprova não dê nada. Aí, é vida que segue. Se der algo errado, eu provo minha inocência. Não é anabolizante, não é droga ilícita. Minha carreira sempre foi limpa Como eu faço exame a cada seis, três meses, estava começando a ficar elevado de novo (o nível do hormônio) e tive de fazer um controle”, explicou o jogador. 

Antes de chegar ao Novo Hamburgo, Magrão teve passagens por equipes grandes, como Inter, Corinthians e Palmeiras, além de uma boa performance nos tempos áureos do São Caetano. 

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