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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Aprendizado eleitoral

Estamos a poucas horas da eleição mais renhida dos últimos anos. O pleito foi marcado por características inéditas, a começar pelo tempo de duração – pouco mais de 40 dias de campanha –, passando pela supremacia das redes sociais e transformação da comunicação entre candidato e eleitor. 

Inúmeras amizades foram rompidas ou abaladas, fenômeno reproduzido inclusive em grupos de WhatsApp de famílias, e o clima belicoso se ampliou no segundo turno. Ao contrário do senso comum, não vejo no processo eleitoral um ponto fora da curva em relação à beligerância entre as pessoas.

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Por ironia, na era da comunicação plena, que nos deixa conectados 24 horas por dia, as pessoas desaprenderam a conversar. Existe uma busca inconsciente de relacionamento somente com quem comunga das mesmas ideias. 

No âmbito político, o clima fica ainda mais evidente porque o País passa por um momento conturbado, de radicalização, crise profunda e dificuldade geral. Os ânimos estão exaltados, a paciência inexiste, as ofensas proliferam em todas as plataformas.

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Para o fortalecimento da democracia, é conveniente que a energia despendida nas discussões seja canalizada à fiscalização dos eleitos. O tempo gasto com ofensas deve, a partir da posse, ser canalizado na consulta de sites e páginas na internet e para vasculhar jornais e revistas a fim de conferir se as promessas serão cumpridas.

Espero que as peculiaridades da eleição sejam aperfeiçoamento da nossa jovem democracia. E que as conflagradas relações interpessoais tenham servido para comprovar a importância da discussão de ideias com respeito e tolerância. 

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