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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Aquele plátano de Genebra

Uma visita a Genebra, na Suíça, no início do mês, revelou-me um aspecto que se salienta na rotina local – no que, aliás, boa parte da Europa combina e concorda. É o espaço reservado à presença de vegetação (árvores de grande porte, arbustos, flores) na área urbana. O movimento de pessoas e veículos ocorre integrado com a natureza, o que se traduz em bem-estar e clima muito agradável.

Em Genebra tem-se a onipresença de árvores e arbustos. Há calçadas nas quais é preciso desviar de galhos, e os caminhos desembocam em parques, praças, jardins. Flores estão por tudo, nas calçadas, nas janelas. E, se há árvores, obviamente há folhas. Espalhadas no outono, revestem-se de charme indescritível.

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Nessa hora, cabe uma reflexão que denota nosso descompasso humano com o natural (o contrário do natural, vale lembrar, é o artificial, e este quase sempre fere a vida). Quantas vezes por ano, e nem perguntemos “por mês” ou “por semana”, uma criança tem o direito inalienável de colocar os pés na grama, ou de mexer na terra? Um profissional da saúde dirá que quem não descarrega as tensões em contato com a grama, as plantas e a terra só poderá mesmo armazenar toxinas.

Para exemplificar a forma como a Suíça lida com as árvores, menciono um plátano gigante (foto ao lado), por acaso situado junto de um hotel de luxo. Plátanos, liquidâmbares, áceres, carvalhos dominam a paisagem.  E o plátano é um símbolo da Europa. Poderia reinar por aqui, com sua sombra farta no verão. É símbolo de tudo o que é longevo e resistente. No Brasil, infelizmente, tais conceitos andam em falta, e o plátano é banido da cidade.

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Foto: Romar Beling/Editora Gazeta

 

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