A arrecadação de tributos federais cresceu 0,48% em março, somando R$ 94,1 bilhões, informou nesta segunda-feira, 27, a Receita Federal. Em março do ano passado, o governo havia recolhido R$ 86,6 bilhões em impostos, taxas e contribuições.
Este é o segundo resultado mensal positivo no ano. Mesmo assim, a arrecadação no trimestre caiu 2,03% em comparação com o mesmo período do ano passado, já considerada a inflação do período, somando R$ 309,4 bilhões.
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Em março, houve retração no desemprenho de tributos incidentes sobre consumo de bens e serviços. A Cofins teve queda de 7% e o PIS, de 5,6%. O imposto de renda teve alta de 5,4% e a CSLL, vinculada ao lucro das empresas, de 8%.
O pacote de ajuste fiscal do governo teve efeito em março. A alta do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre operações de crédito das pessoas físicas resultou numa elevação de 8,8% no recolhimento desse tributo, que somou R$ 8,2 bilhões em março.
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No trimestre, o governo deixou de arrecadar R$ 29,1 bilhões com desonerações promovidas para estimular o crescimento econômico. No mesmo período de 2014, a renúncia fiscal com desonerações foi de R$ 23,8 bilhões. Apenas em março, o impacto das desonerações foi de R$ 9,7 bilhões.
META
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Com a arrecadação fragilizada pela baixa atividade econômica e a dificuldade em ter aprovado no Congresso o pacote de ajuste fiscal, a meta para o ano fica cada vez mais difícil.
O pacote incluiu revisão de regras de acesso a benefícios previdenciários e trabalhistas, aumento de impostos, diminuição de desonerações e redução de subsídios.
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