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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

As irmãs cajazeiras

As famílias dos colonos eram numerosas, com raríssimas exceções. Os alemães precisavam de muitos filhos para ajudar nas atividades agrícolas. Um sonho acalentado era colocar o mais inteligente para estudar no seminário formador de padres. Aqueles que completavam o segundo grau e não tinham a vocação à batina se davam bem na faculdade por terem uma boa base nas séries fundamentais e também conseguiam bons empregos.

Porém, essas numerosas famílias também existiam nas cidades. Meus sogros Bruno e Ilka Spies criaram dez filhos, sendo três homens e sete mulheres. Seu Bruno trabalhava na Souza Cruz, e a dona Ilka cuidava da casa e cozinhava para essa gente toda. Não só os da casa lá almoçavam. Sempre vinha um parente ou algum amigo para filar o almoço. Minha sogra sempre afirmava: sempre sobra um prato de comida para alguém com fome. Não se deve negar alimento para ninguém.

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As boates da Aliança consolidaram o nosso namoro e lá se vão 42 anos de casados. Aliás, falando no clube, esse pode ser considerado o maior casamenteiro de todos os tempos. Naquele tempo, a Aliança não precisava do PPCI dos bombeiros, mesmo sendo considerada a sociedade que incendiava as paixões entre os jovens.

No feriadão de Páscoa, fui dar um passeio a Garopaba e tive a companhia da esposa e mais três irmãs dela. A Lizete, quando está com elas, transforma-se em uma criança. Dá gosto de ver. Apelidei-as de Irmãs Cajazeiras, personagens folclóricas da antiga novela da TV Globo, O Bem-Amado.

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Sábado à noite, inauguraram o pergolado com a realização de uma boate. Usaram um aparelho de som estranho, que poderia ser um cotonete de elefante. As músicas dos anos 80 embalaram as Irmãs Cajazeiras até altas horas da noite, com o ambiente escuro e com luzes faiscantes. Alegria, alegria! Amanhã é outro dia!

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