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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

As sessões da Câmara

A modernidade chegou. Vemos o debate dos legisladores pela TV, que gira em torno dos interesses da nossa cidade e do interior.

Assistimos aos vícios do falido sistema político, em pequena escala, nas Câmaras de Vereadores de qualquer cidade do Brasil. O Executivo precisa de uma maioria para aprovar as leis que lá tramitam. Para compô-la, acontecem os arranjos entre as partes interessadas, dando um emprego para um parente próximo do vereador ou beneficiando sua comunidade com alguma obra importante que fortaleça sua candidatura para a próxima eleição.

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Os vereadores mais experientes, que há anos se reelegem, deram sua opinião abalizada sobre o projeto, que transcrevo resumidamente:

– Exma. vereadora, compreendo sua preocupação com os animais. Lá em casa eu também tenho cães de estimação. Temos condições financeiras de cuidá-los muito bem. Quando adoecem, levamos ao veterinário. Até voto a favor do teu projeto. Só que será vetado pelo prefeito. É inconstitucional. A multa deve ser em UPM e não em reais, finalizou o decano vereador da casa.

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Todos os vereadores tiveram a oportunidade de se manifestar na tribuna e a maioria usava aquele tom professoral, querendo auxiliar a vereadora de primeiro mandato a encaminhar seu projeto de forma constitucional para que fosse sancionado pelo prefeito. Notei que estavam em dúvida quanto ao projeto, porém não a queriam contrariar.

O último e experiente colega que ocupou a tribuna deu um conselho muito oportuno. Falou com maestria, dado o impasse que persistia de como os cachorros seriam identificados e soubéssemos a quem pertencia:

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Perdi a paciência. Mudei de canal.  

(Escrevi essa crônica faz tempo).

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