Nas rodas de conversa, pelas esquinas e no comércio, Ibarama só fala sobre um assunto desde a tarde dessa terça-feira, 3: o assalto a duas agências bancárias, que chacoalhou a rotina do pequeno município do Centro-Serra.
Embora o acontecido esteja na boca dos moradores, o clima não é de medo, mas de curiosidade. Afinal, quem eram os criminosos? Para onde foram? Contaram com ajuda de alguém da cidade? Essas e muitas outras perguntas ecoam pelas ruas, onde ainda se comenta, em tom de estranheza, a forma como o bando agiu.
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“Eles saíram do carro já com os fuzis em mãos, pegaram o pessoal que estava sentado na frente do posto e colocaram eles na frente do banco, virados para a rua. Um dos ladrões entrou e o outro ficou na frente, parado atrás das pessoas”, contou.
Conforme a empresária, assim que a movimentação inicial cessou, a cidade ficou deserta. “Parecia um faroeste, uma cidade abandonada. O pessoal entrou para dentro das casas e das lojas, e deixou eles agirem”, detalhou.
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Cerca de 800 metros à frente, na mesma rua, um outro comerciante, que também pediu para não ter o nome divulgado, esperou o segundo assalto acabar dentro do depósito da empresa. Inicialmente, ele pensou tratar-se de uma briga, mas quando notou que a agência do Banrisul estava sendo roubada, abandonou a loja ainda aberta e foi para os fundos do imóvel.
“Mas não deu medo dessa vez. Foi durante o dia, e a gente já tinha passado por isso. Da outra vez sim, deu um pavor, porque vieram de noite e quando fomos para a janela eles atiraram para cima, mas não em direção às pessoas”, relatou.