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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Ato de mulheres homenageia adolescente morta na Argentina

Um protesto na escadaria do Theatro Municipal, no centro de São Paulo, homenageou nesta quarta-feira, 19, a adolescente argentina Lucía Pérez, 16 anos, que foi estuprada, morta e empalada. Um grupo de mulheres produziu faixas em que pediam o fim da violência e do feminicídio. O ato foi convocado pelas redes sociais e ocorreu de forma pacífica.

“Esse ato acontece em solidariedade às mulheres que estão em luta na Argentina denunciando o aumento da violência e do feminicídio. Ele surge após o assassinato de uma jovem de 16 anos que foi drogada, estuprada e empalada e morreu por conta dessa violência. Estamos nas ruas, no Brasil, porque a gente sabe que a nossa realidade não é diferente. Também somos assassinadas, estupradas e violentadas todos os dias”, disse Marcela Azevedo, do movimento Mulheres em Luta.

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A estudante Rafaela Farah Natel, 23 anos, ficou sabendo do protesto pelo Facebook e resolveu se juntar ao grupo porque considera as reivindicações coletivas. “Se você entra em um táxi e ele muda o caminho, faz um caminho que você não conhece, o que uma mulher pensa na hora? A mulher pensa que ele [o taxista] vai estuprá-la e matá-la. Já o homem pensa: ele está me roubando. É óbvio que a gente tem medo”, disse.

Fim da violência

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A ativista de direitos humanos argentina Josefina Cicconetti, que vive no Brasil há quatro anos, participou do ato com a leitura de um poema que trata sobre a violência contra a mulher. Josefina disse que é importante dar nomes às vítimas para que os casos não sejam tratados apenas como estatísticas. “Como são vários casos de violência contra a mulher, esse caso seria mais um caso, mas ela tem um nome, é Lucía. Esse caso é atroz, inacreditável. Foi muita maldade, muita crueldade.”

Segundo a ativista, a violência contra a mulher no Brasil e na Argentina são muito semelhantes. “São países que estão muito próximos um do outro e vivem uma situação em comum, que é o machismo. O machismo existe na América do Sul inteira e no mundo inteiro.”

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