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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Atoleiros impedem crianças de ir à escola no interior

Adair Marcos Conrad, de 34 anos, e o irmão Cleiton Conrad, de 31, convivem com uma dura rotina no interior de Vera Cruz. O acesso do Corredor Flemming até as casas dos fumicultores é repleto de atoleiros. Para caminhar, a bota de borracha afunda na lama. O Escort adquirido por Adair em 2014 está parado desde agosto do ano passado, quando o motor fundiu pela segunda vez. A ponte de madeira, utilizada para atravessar o arroio que cruza a propriedade, está prestes a ruir. Quando tentou fazer reparos em agosto de 2015, Adair tombou com um trator no local – e foi salvo pelo cinto de segurança. A situação já havia sido relatada na edição de 17 de fevereiro da Gazeta do Sul.

Os problemas continuam, agora com um agravante. As crianças da família não conseguem sair da propriedade para ir à escola, o que gerou uma notificação judicial. Adair tem uma filha de 5 anos e Cleiton tem duas, com 5 e 10 anos. A caminhada até o ônibus é de dois quilômetros, em meio ao atoleiro. “O Conselho Tutelar já veio aqui para dizer que pelo menos a mais velha deveria estar na escola. Mas não há condições. Eu quero muito que as três estudem, mas a nossa situação é precária”, afirma Adair. 

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As duas famílias enfrentam outras dificuldades, como o escoamento da safra de tabaco e para fazer compras na cidade. A pequena Larissa, filha de Adair, nasceu prematura e precisa de atendimento especializado em Porto Alegre. Nos dias de viagem, precisa dormir na casa de um parente que mora mais perto do asfalto de Ferraz. 

O que diz a Prefeitura

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