Souza defende debate entre partidos que formam a base para escolha de nome | Foto: Juliane Pimentel/Ascom/GVG/Divulgação
O vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza (MDB), defendeu a importância da continuidade do projeto implantado na gestão estadual como forma de conseguir avanços em diferentes setores. Ele foi o entrevistado dessa quinta-feira, 6, da série de conversas com pré-candidatos ao Palácio Piratini realizada pelo programa Estúdio Interativo da Rádio Gazeta FM 107,9.
Mesmo não tendo, oficialmente, se apresentado como pré-candidato, há o entendimento no meio político de que ele disputa a sucessão de Eduardo Leite (PSD) por ser o atual vice e um dos nomes fortes do MDB. Souza reforçou que falta muito tempo para as definições eleitorais e, por isso, tem mantido forte a agenda de atividades como integrante do governo.
“Recebo críticas construtivas de amigos e colegas dizendo que tenho que fazer mais política, porque estou atento às questões do governo. É assim que estou e continuarei”, frisou.
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Sobre os nomes que têm sido lançados como possíveis postulantes ao cargo de governador, Souza vê com naturalidade, mesmo entre os integrantes da base governista. Citou alguns de destaque, como os filiados ao PP, Covatti Filho, e o atual secretário do Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo; a ex-deputada estadual, Juliana Brizola (PDT); a ex-prefeita de Pelotas e secretária de Relações Institucionais, Paula Mascarenhas, e o prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata, ambos do PSDB.
“Na nossa opinião, não tem lógica esses partidos migrarem para a oposição a esse projeto que ajudaram a construir. O PDT tem duas secretarias; o PP também, só para ficar nos dois partidos citados”, apontou.
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Seguindo essa linha, defende a discussão do bloco de governo para a definição, afirma, de um CPF que representará o grupo. Frisou o entendimento de que o mais importante, no momento, não é quem fará, mas o que fará para dar sequência ao trabalho.
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Entende que qualquer modificação poderá representar atraso no andamento de obras e serviços que vêm sendo desenvolvidos pelo atual governo. “Já tivemos exemplos de situações em que o Estado avançou e foi sucedido por definições eleitorais equivocadas. Os fatos mostram que houve retrocesso. Governos colocavam as contas em dia e eram sucedidos por quem desorganizava as contas”, recordou.
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Seguindo a linha do discurso do governador Eduardo Leite, Gabriel Souza destacou como ponto positivo da gestão o equilíbrio das contas públicas, o que amplia a capacidade de investimento do poder público.
“O Estado perdia capacidade de investimento, a situação foi agravada até que não tinha dinheiro para pagar as contas e os salários. Quem resolveu esse problema tem condições de resolver os outros que ainda existem”, resumiu.
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Na entrevista, o vice-governador teve oportunidade de recordar do período em que morou, por duas semanas, em Santa Cruz do Sul. Ele veio ao município para acompanhar os efeitos da enchente de 2024, com a organização para permanecer por dois dias, e estendeu sua estadia. “Tamanha era a urgência de ter alguém do Estado no território, que acabei ficando”, disse.
Nos primeiros dias, o QG foi montado na sede do Comando Regional de Polícia Ostensiva (CRPO), depois na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Utilizaram-se salas, campo de futebol como heliponto e ginásio para os mantimentos, com apoio estrutural do efetivo do 7º Batalhão de Infantaria Blindado (BIB).
“O aeroporto de Santa Cruz do Sul tornou-se um dos principais pontos logísticos do Estado”, afirmou. Essa ampla utilização do Aeroporto Luiz Beck da Silva passou a ser ainda mais efetiva a partir de contato do vice-governador com o Sindicato da Aviação Agrícola do Rio Grande do Sul, que convocou pilotos e aeronaves. Elas se somaram aos helicópteros disponibilizados por empresários e entidades do Vale do Rio Pardo.
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“Os aviões agrícolas saíam com mantimentos e levavam para locais isolados, pousando em estradas rurais para entregar mantimentos e medicamentos para pessoas, enquanto helicópteros faziam resgates e atendimentos para a saúde”, lembrou Souza.
A necessidade de dar continuidade ao atual projeto desenvolvido no Estado, defendida pelo vice-governador Gabriel Souza, passa e muito pela previsão de investimento em ações de resiliência climática e de recuperação dos municípios atingidos pela catástrofe ambiental de 2024. “Não é só reconstruir, é reconstruir de um jeito diferente, fazendo projeto do zero para que as rodovias, por exemplo, não sejam destruídas novamente”, enfatizou.
A expectativa é de que o Estado desenvolva obras que somem R$ 14 bilhões, sendo R$ 3,1 bilhões somente em 2025. A evolução da aplicação de recursos é percebida no orçamento do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), que tinha reserva de R$ 150 milhões até 2021, e chegou a R$ 1,7 bilhão no ano passado e R$ 3,1 bilhões neste ano.
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Sobre o diferencial das obras, citou o caso da ponte da RSC-130, entre Lajeado e Arroio do Meio. A estrutura foi levada com a enxurrada e uma nova, cinco metros mais alta, foi instalada.
Para isso, foi preciso elevar a via nas cabeceiras – são 150 metros para cada lado. “Se o projeto tocado pelo governador tiver alteração de rumo, certamente teremos atrasos e nem é por maldade de quem seja eleito. É natural em troca de gestão”, avaliou.
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