Os estudantes que dependem das aulas oferecidas através do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) no Estado poderão ser prejudicados nos próximos meses. Em entrevista à Rádio Gazeta na manhã desta sexta-feira, 27, o presidente do Sindicato do Ensino Privado do RS, Bruno Eizerick, afirmou que há a possibilidade concreta de que haja uma paralisação das atividades do programa no Rio Grande do Sul.
O motivo, conforme Eizerick, seria a falta de repasses por parte do governo federal. “Não foram recebidos os recursos para pagar os serviços prestados. O último pagamento realizado foi no mês de junho”, relatou o presidente. Além disso, Bruno ressalta que houve uma redução de cerca de 90% das vagas destinadas ao Rio Grande do Sul em relação a 2014.
Outro problema referente ao Pronatec diz respeito ao início das aulas. As turmas que deveriam ter iniciado os cursos em março só foram atendidas a partir de agosto. “Estamos tendo sérios problemas com o programa. As escolas estão começando a não ter recursos para aluguel, para pagar os professores e para prestar o serviço. Algumas chegaram a fazer empréstimos”, disse Eizerick.
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Entenda
As instituições que participam do Pronatec participam de um pregão eletrônico promovido pelo governo federal, no qual cada uma se oferece para dar os cursos e coloca preços para cobrar por aluno. “O governo, então, faz um leilão virtual e as que pedem o melhor valor, dentro de um serviço de qualidade, são contratadas. As instituições participam de um edital”, explicou Bruno.
O presidente do Sindicato reforçou que, para o próximo ano, é provável que exista a abertura de um novo edital. Porém, diante do cenário atual, ele acredita que não hajam instituições de ensino interessadas em participar. “Estamos assistindo ao fim do Pronatec. É um programa muito interessante, mas não funciona mais”, finalizou.
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