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Aumento da arredacação na região é maior do que no RS

O percentual de crescimento da arrecadação da Receita Federal na região foi maior que o do Estado em 2016. Enquanto no Rio Grande do Sul o incremento foi de 4,8%, na comparação com 2015, na Delegacia da Receita Federal de Santa Cruz do Sul, o índice chegou a 8,9%. Os números sugerem que o poderio econômico do Vale do Rio Pardo e áreas vizinhas resistiu melhor à crise. 

A Delegacia da Receita Federal de Santa Cruz abrange 60 municípios. Para o delegado responsável pela unidade, auditor fiscal Leomar Padilha, um dos fatores do bom desempenho da região em relação ao Estado é a arrecadação expressiva do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI). “A nossa delegacia consegue se destacar um pouco mais por conta da nossa atividade industrial voltada ao fumo. Isso demonstra, aparentemente, que sofremos menos a retração econômica que o resto do Estado”, avalia.

Só em dezembro passado, a arrecadação na unidade local da Receita foi de R$ 467,12 milhões, representando um crescimento de 30,5% comparado ao mesmo mês de 2015. O IPI contribuiu com 70,78% desse crescimento. “Teria que se fazer um estudo macroeconômico mais aprofundado, mas, com base nesses dados, é possível afirmar que a nossa situação está mais positiva”, avalia o delegado Leomar Padilha. 

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De acordo com os dados encaminhados pela delegacia, em 2016 os 60 municípios arrecadaram o total de R$ 4,1 bilhões. Já no mesmo período de 2015, a arrecadação foi de R$ 3,7 bilhões. Em nível de Estado, as receitas administradas no ano passado superaram os R$ 59,7 bilhões, enquanto em 2015, o valor alcançou R$ 57 bilhões.

Arrecadação/2016

Delegacia de Santa Cruz

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2015        R$ 3,7 bilhões
2016        R$ 4,1 bilhões

Rio Grande do Sul

2015        R$ 57 bilhões
2016        R$ 59,7 bilhões

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No Brasil, queda de 2,97%

A arrecadação total das Receitas Federais no Brasil em 2016 registrou queda de 2,97% em relação a 2015. O valor obtido no ano passado foi de R$ 1,29 trilhão. O recolhimento das receitas brasileiras tem registrado sucessivas quedas devido à contração da atividade econômica. Outubro e novembro de 2016, entretanto, foram exceções, com crescimento real impulsionado pelo programa de regularização de ativos, também conhecido como repatriação. Ao todo, o programa arrecadou R$ 46,8 bilhões em recursos. 

Conforme o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros, auditor fiscal Claudemir Malaquias, o cenário observado em outubro e novembro permite afirmar que houve ligeira ascensão. “Um sinal de que é possível, em 2017, uma recuperação se esse comportamento se mantiver positivo.” 

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