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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Aumentos da demanda e do dólar fazem preço da soja disparar

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A demanda aquecida e a elevação do dólar proporcionaram um aumento considerável no valor da soja. Como resultado, um dos itens mais inflacionados ao consumidor é o óleo de soja, que acumulou 19% de alta em 2020, até setembro, no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), sendo o quarto item da cesta básica com maior valorização dentro do índice.

De acordo com a cotação da última semana no site Agrolink, a saca de 60 quilos em Rio Pardo estava sendo comercializada por R$ 141,00. Referência de preço para o Brasil, Passo Fundo tinha a saca a R$ 157,00, conforme a consultoria CMA. Na segunda-feira da semana passada, a saca chegou a R$ 156,00 no porto de Paranaguá e superou a máxima histórica anterior, atingida em 2012 – R$ 153,40 no dia 31 de agosto.

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Mesmo em um ano com recorde de produção – o Brasil produziu 124,8 milhões de toneladas no ciclo 2019/20, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) –, os estoques domésticos caíram drasticamente. Dessa forma, a disputa acirrada pelo restante dos grãos e a valorização das exportações alavancaram a cotação doméstica.

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No artigo “Lucro da Soja Brasileira atingirá maior patamar histórico em 2020/21”, publicado na página do Departamento de Economia Agrícola e do Consumidor da Universidade de Illinois (EUA), de autoria da pesquisadora Joana Colussi e do professor Gary Schnitkey, a perspectiva é de que os preços continuarão a subir no Brasil. “As exportações recordes geraram redução da oferta interna em relação a anos anteriores. A demanda interna continua firme devido às grandes compras de farelo de soja e óleo. Os baixos estoques de soja estão levando as indústrias nacionais a pagar mais”, concluíram os especialistas.

O presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz, afirma que o produtor não consegue captar totalmente a valorização do grão por ter comercializado o produto de maneira antecipada. “O produtor não está ganhando dinheiro. Ele já vendeu essa soja com o preço mais baixo. Essa soja está na mão da indústria. Tem muito pouca soja na mão do produtor rural. Infelizmente, a população está pagando caro e não está chegando na mão dos produtores rurais”, comenta.

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