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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Baixos índices de vacinação da febre amarela são ameaça para volta da doença

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O Brasil enfrenta, nos últimos anos, o maior surto de febre amarela já registrado no país. Casos e óbitos foram se espalhando por diversos Estados e regiões. O Rio Grande do Sul ainda não teve registro da doença em humanos, somente entre macacos, mas a permanência da circulação em locais como Santa Catarina é uma preocupação para os especialistas. Ainda mais pelo fato de a vacinação contra a doença atingir apenas 60% do público infantil.

A vacinação contra a febre amarela está prevista para ser com uma dose aos 9 meses de idade e outra de reforço aos 4 anos. Até o final de outubro, pais ou responsáveis podem aproveitar a campanha nacional de multivacinação para colocar o calendário em dia. Menores de 5 anos fazem uma ou duas doses, se estiverem em atraso. Maiores de 5 anos fazem a dose de reforço, se ainda não fizeram, ou a dose única, se não possuem nenhuma dose no histórico ou não se lembram de ter feito.

Febre Amarela

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Os macacos são muito sensíveis ao vírus, podendo ocasionar a morte desses animais. Por isso, eles são considerados sentinelas da doença, servindo como um alerta à chegada do vírus em determinada região. Não há transmissão de macacos para pessoas. Com a circulação do vírus em matas, os primatas normalmente são atingidos primeiro. As pessoas não vacinadas que habitam regiões rurais ou silvestres, ou que se deslocam para essas áreas, estão sob risco.

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Casos no RS

O Rio Grande do Sul não registrava a presença do vírus causador da febre amarela desde 2009, até que voltasse a ser identificado como causador da morte de primatas neste ano. Entre julho de 2020 e agosto de 2021, o Cevs recebeu a notificação de 368 mortes de animais, dos quais 104 tiveram a confirmação para a febre amarela. Essas confirmações ocorreram em 38 municípios. Somando os municípios vizinhos cada uma dessas localidades, foi definida uma área de 113 municípios que devem ser alvos de ações de intensificação de vigilância e ampliação da cobertura vacinal. “Todo o Estado tem indicação de vacina contra febre amarela e, nesse momento, é importante que as pessoas se informem sobre a vacinação. Ainda temos áreas com cobertura vacinal insuficiente e nesses locais podem ocorrer casos se pessoas não vacinadas entrarem em contato com áreas onde o vírus esteja circulando”, explica Almeida.

Não houve entre 2020 e 2021 casos identificados entre humanos no Rio Grande do Sul. Em Santa Catarina, por outro lado, a doença já causou três óbitos neste ano. Os últimos casos no Rio Grande do Sul foram entre 2008 e 2009, com 21 confirmados, sendo nove óbitos na época.

Estado tem 113 cidades consideradas afetadas com casos em macacos ou que sejam vizinhas dessas

Vacinação e números

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A vacina é indicada para:

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Quem já se vacinou dentro destes parâmetros não precisa se vacinar novamente, pois a imunização dura por toda a vida. A vacinação dentro do calendário infantil é uma das que o Rio Grande do Sul não vem alcançando nos últimos anos a meta, que é de 95%.

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Ano – alcance

2021* – 52,1%
2020 – 60,7%
2019 – 63,7%
2018 – 58,7%
2017 – 55,6%

* 2021 ainda são dados parciais pois há um prazo de seis meses para o registro da dose aplicada.

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O que é a doença?

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores, e tem dois ciclos de transmissão: silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta) e urbano. O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa para pessoa.

Quais os sintomas?

Os sintomas iniciais da febre amarela são: início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. A maioria das pessoas melhora após esses sintomas iniciais. No entanto, cerca de 15% apresentam um breve período de horas a um dia sem sintomas e, então, desenvolvem uma forma mais grave da doença. Nesses casos, a pessoa pode ter febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia (especialmente a partir do trato gastrointestinal) e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem febre amarela grave podem morrer. Assim que surgirem os primeiros sinais e sintomas, é fundamental buscar ajuda médica.

Macacos podem transmitir a doença para humanos?

Não. Os macacos não transmitem a febre amarela. Eles são importantes sentinelas para alerta em regiões onde o vírus está circulando. Macacos mortos são analisados em exames específicos para detectar se a causa da morte foi febre amarela, o que aciona o alerta de cuidado com as pessoas.

Se identificar macacos mortos na região, é necessário informar imediatamente as autoridades sanitárias do município ou Estado, de preferência diretamente para a vigilância ou controle de zoonoses. No Rio Grande do Sul, a pessoa pode procurar o Disque Vigilância pelo número de telefone 150.

Como a febre amarela é transmitida?

O vírus da febre amarela é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados. A doença não é passada de pessoa a pessoa. Esse fato ocorre principalmente no verão, quando a temperatura média aumenta na estação das chuvas, favorecendo a reprodução e proliferação de mosquitos (vetores) e, por consequência, o potencial de circulação do vírus.

No ciclo silvestre da febre amarela, os macacos são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus e os vetores são mosquitos com hábitos estritamente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes na América Latina. Nesse ciclo, o homem participa como um hospedeiro acidental ao adentrar áreas de mata. No ciclo urbano, que não ocorre no Brasil desde 1942, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados.

Como prevenir?

A vacina é a principal ferramenta de prevenção e controle da febre amarela. Além da vacina, deve-se manter os cuidados para evitar a proliferação dos mosquitos, mantendo as casas e as ruas limpas, sem acúmulo de água parada, habitat ideal para reprodução dos vetores. Locais que têm matas e rios, onde o vírus e os hospedeiros e vetores ocorrem naturalmente, são consideradas áreas de risco.

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