No próximo dia 25 de novembro vai acontecer a Black Friday Brasil. O assunto está “bombando”, na internet, na televisão, nos jornais, além de mensagens por e-mails, anunciando ofertas imperdíveis. Em tempos de queda nas vendas, uma promoção como essa sempre é capaz de alavancar negócios e melhorar um pouco os números do comércio para este ano de 2016 que, por enquanto, estão perdendo para os anos anteriores. Os lojistas veem a Black Friday como a salvação neste final de 2016, já que as datas tradicionais que, historicamente, registram picos de vendas, neste ano, fracassaram.
O que é? Trata-se de uma mega promoção que promete descontos de até 80% em muitos produtos, nos mais diversos setores e empresas: eletrodomésticos, móveis, eletrônicos, roupas, livros, floriculturas, imóveis, carros e até bancos, além de outros. Enfim, em quase tudo. Muitas lojas e instituições participantes do evento, antecipando a data, talvez até para garantirem “seu quinhão” na bolada, já estavam promovendo a Black week (semana) e até o Black month (mês). As lojas aproveitam para fazer a “troca do estoque”, “desovar” produtos que, por algum motivo, não saíram e repor os estoques para o Natal e Ano novo. Os consumidores, por sua vez, para realizar algum sonho de consumo, há muito aguardado, e com o preço mais em conta agora é possível.
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No Brasil – Aos poucos, a Black Friday também vai conquistando o Brasil, estando em sua sétima edição. A primeira foi realizada em 26 de novembro de 2010, totalmente on line, por iniciativa de uma empresa especializada em descontos na web. Mas, como já dizia o Velho Guerreiro, Chacrinha – “aqui, nada se cria, tudo se copia” -, o que, evidentemente, nem sempre é verdade, as versões anteriores apresentaram problemas, alguns de ordem técnica, como a lentidão dos sistemas, erros de programação ou, simplesmente, sites de empresas participantes fora do ar. Outros, entretanto, talvez fruto da nossa cultura de levar vantagem em tudo, foi a falta de caráter mesmo, como o de aumentar preços na semana ou dias anteriores e, no dia da promoção, dar um desconto, praticando, na verdade, o preço normal de venda, o que frustrou os consumidores e foi objeto de investigação e notificação de varejistas por parte do Procon. Os internautas não perdoaram e apelidaram o evento de Black Fraude, dizendo que era “ tudo pela metade do dobro do preço”.
Cuidados – A equipe Criando Riqueza, da Empiricus, preparou uma lista de cuidados que se deve ter para bem aproveitar – ou não – a Black Friday Brasileira deste ano: 1º) ater-se ao orçamento: não tem graça pagar juros do cheque especial ou do rotativo do cartão de crédito; 2º) consultar sites de comparação de preços: às vezes, o mesmo produto com desconto numa loja custa mais que o preço normal de outra; 3º) aproveitar as oportunidades dos prazos de entrega; 4º) investigar as formas de pagamento; 5º) comprar em sites conhecidos; 6º) navegar apenas em sites seguros: verificar se os sites têm os selos de segurança e se a barra de endereço do navegado tem um cadeado; 7º) guardar os comprovantes de compra, o que inclui também os e-mails e as confirmações de compra; 8º) ficar atento às propagandas: exigir seus direitos caso o preço cobrado seja maior que o anunciado; 9º) buscar descontos, tanto nas lojas físicas quanto nas online: nas lojas físicas, existe a possibilidade da negociação de um desconto maior ou condição melhor.
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Realização de sonhos – Qualquer promoção, especialmente a Black Friday, é uma oportunidades para adquirir algum bem que se estava “namorando” já há algum tempo, mas que o preço muito alto ou além das possibilidades não permitia adquirir. É, também, uma ótima oportunidade para antecipar a compra dos presentes de Natal. Mesmo assim, deve ser antecedido por um planejamento. Mais importante do que fazer uma compra com um desconto significativo, às vezes no “ôba-ôba”, influenciado pela propaganda e levado pelo impulso consumista, é fazer compras de forma racional.
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