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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Black Power: Quanto mais volume, melhor

Na casa da nutricionista Aline Silva Gonçalves, 32 anos, o orgulho em manter o cabelo crespo passa de mãe para filha. Há três anos, a santa-cruzense resolveu abandonar técnicas de relaxamento capilar para assumir a cabeleira volumosa. O crespo, agora, se apresenta imponente em forma de black power, corte que vai muito além da estética e para Aline, hoje, sugere liberdade e aceitação. “No início, eu nem percebi que poderia ser um meio de empoderamento. Queria mesmo era me livrar daquela obrigação de prender ou alisar. Percebi que o natural é bonito em mim.” 

Tão bonito que a nutricionista não hesitou em transmitir essa naturalidade de lidar com as madeixas crespas para a filha. Aos 5 anos, Heloísa mantém um black power de dar inveja. A pequena, que inclusive integrou a campanha Pretinhosidades, estampada nos ônibus urbanos de Santa Cruz, anda para lá e para cá com o cabelão. Frequenta a escolinha, vai ao balé e gosta mesmo é de deixar ele solto. Aline não esconde o orgulho que tem ao ver a pequena Helô já questionando os padrões de beleza encontrados na mídia. “Ôô mãe, por que nessa propaganda não tem uma menina que nem eu?”, indaga quando assiste televisão. A construção da identidade da menina pode ser percebida até mesmo nos pedidos que faz à mãe. “Esses tempos, ela me pediu uma boneca negra e com black. Foi difícil, mas encontrei.” 

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