O encontro da cúpula dos chefes de Estado do Mercosul, em Brasília, vai selar a entrada da Bolívia como membro pleno do grupo.Desde 1996 o país é associado ao grupo e pode participar, como convidado, das reuniões que tratem de interesses em comum. A adesão definitiva da Bolívia já havia sido discutida no último encontro do Mercosul, em dezembro do ano passado, mas não foi definida data para a admissão do país vizinho.
Ao ser incorporado, o bloco fica com seis membros fixos, além do Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela. Para que qualquer país seja aceito no bloco é necessária aprovação de todos os demais. No fim do ano passado, quase todas as comitivas internacionais já haviam aceitado a inclusão da Bolívia no bloco, menos a paraguaia, que estava suspenso do Mercosul quando os outros países decidiram aceitar a Bolívia. E os legisladores dos cinco países que já fazem parte do bloco também precisam aprovar a entrada.
A suspensão do Paraguai, se deu em 2012 com a remoção de Fernando Lugo da presidência do país, tendo gerado uma crise diplomática internacional com os países sul-americanos.
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Dispersos
A 48ª edição do encontro ocorre em Brasília nesta quinta-feira, 16, e sexta-feira, 17. O documento com a adesão da Bolívia será assinado em cerimônia na manhã de sexta. No mesmo evento, outros dois termos específicos serão firmados para a Guiana e o Suriname, que passam a integrar o grupo como associados, com menos responsabilidades e direitos que os membros plenos.
A primeira parte do encontro reuniu os chanceleres dos países membros e associados. Houve espaço para curtas análises de cada país, que trataram principalmente sobre as dificuldades enfrentadas pelo grupo e possíveis caminhos para fortalecer a integração e a economia regional.
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Entre os temas mais recorrentes esteve: a crise econômica internacional, o fraco desempenho econômico do Mercosul, pouco dinamismo do comércio regional e a possibilidade de uma maior integração energética. Os participantes, que ouviam as apresentações em português e espanhol – línguas oficiais do Mercosul – estavam visivelmente dispersos. A atenção estava sendo roubada, principalmente, pelas remessas de porções de pão de queijo e suco de goiaba, repostos frequentemente pelos garçons do Itamaraty.
A cúpula do Mercosul se reúne a cada seis meses. A última ocorreu em dezembro na cidade argentina de Paraná, a 500 quilômetros de Buenos Aires. No encontro estiveram presentes os presidentes de Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela e da Bolívia, como Estado em processo de adesão.
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