O mosaico étnico da formação do Brasil ao longo de cinco séculos nem sempre é devidamente citado. Enquanto os povos que mais se espalharam pelo território nacional costumam ser bastante estudados, outros grupos dependem da pesquisa e da investigação localizada para serem salientados. Nesse processo, dois livros que tiveram contribuições de especialistas do Vale do Rio Pardo merecem atenção, uma vez que ampliam os estudos e os depoimentos sobre dois desses povos.
O mais recente dessas publicações é Imigrantes suíços: Rio Grande do Sul – século 19, apresentado como primeiro volume do pesquisador Adonis Valdir Fauth dedicado ao tema. Vinculado à Associação Suíço-Valesana do Brasil (ASVB), fundada em 1992 e com sede em Carlos Barbosa, Fauth já tem outros títulos nos quais resgata as marcas históricas dos suíços que migraram para o Sul do País, oriundos do Cantão de Valais, daí a denominação de valesanos.
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Pomeranos
Em outra frente de trabalhos, o médico e jornalista capixaba Ivan Seibel, radicado em Venâncio Aires, encarregou-se da organização de um oportuno volume dedicado ao povo pomerano no Brasil, outra etnia nem sempre contemplada em estudos de olhar macro. Ao lado de Seibel, quatro pesquisadores (Erineu Foerste, Henry Fred Ullrich, Jorge Küster Jacob e José Carlos Heinemann) engajaram-se no esforço de mapear as marcas dos pomeranos em diferentes regiões nacionais, em especial na região serrana do Espírito Santo, em Santa Catarina e em localidades gaúchas, como São Lourenço do Sul e Agudo.
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Ficha técnica
Imigrantes suíços: Rio Grande do Sul – Século 19, v. 1, de Adonis Valdir Fauth. Carlos Barbosa: Associação Suíço-Valesana do Brasil (ASVB), 2017. 372 p. R$ 45,00.
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