Em um dos pontos onde havia buracos na região de Taquari, equipes da concessionária trabalhavam na recuperação do asfalto
As condições da RSC-287 são alvo de cobranças entre usuários. A presença de buracos e ondulações na pista, principalmente em trechos de Taquari, Venâncio Aires, Vale do Sol, Candelária e Paraíso do Sul, voltaram a incomodar motoristas que trafegam pela rodovia.
Para conferir a situação, a Gazeta do Sul percorreu quarta-feira, 10, o trecho entre Santa Cruz e Tabaí. Em diversos pontos, era possível verificar que foram realizados tapa-buracos e também operações mais completas de remoção de pavimento antigo e colocação de novas camadas asfálticas.
No quilômetro 60, em Vila Mariante, Venâncio Aires, nas imediações do desvio feito em razão da enchente de 2024, em poucos metros foram contabilizados 35 buracos que haviam acabado de ser tampados.
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Cerca de dez quilômetros à frente, a reportagem encontrou uma equipe da concessionária que fazia a colocação de material em outros buracos. Já na região de Taquari, no quilômetro 40, também havia trabalhadores da concessionária executando a recapagem. Dos 75 quilômetros percorridos, a Gazeta encontrou três buracos em Pinheiral, um em cima da ponte de Vila Mariante e outros dois em Tabaí, nas imediações do trecho duplicado.
Motorista autônomo, Angelo Hintz, de Vera Cruz, trafega pela RSC-287 todos os dias, principalmente entre Vera Cruz e Porto Alegre. “Se não andar com o aplicativo Waze ligado, que avisa sobre os locais com problemas, corre-se um risco muito grande. Na noite de segunda-feira, entrei em um buraco que não apontou, não tive como desviar pois vinha um caminhão no sentido contrário, por sorte não deu nada.”
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Hintz acrescentou que em dias de chuva, com a consequente redução da visibilidade, os riscos aumentam consideravelmente. Contou que já teve problemas em veículo há cerca de dois anos.
“Até busquei ressarcimento, mas no fim a burocracia é tanta que desisti. Mas volta e meia a gente se depara com situações críticas dessa estrada tão importante para o Estado.” Na terça-feira, 9, Hintz comentou que nos últimos dias a situação havia se agravado provavelmente em função da chuva, que acaba “lavando” o material colocado na via.
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Nas imediações do trevo de acesso a Linha Ferraz, em Vera Cruz, no quilômetro 115, diversos pontos já foram “remendados” e estão se deteriorando novamente. Devido ao intenso fluxo no local, e se chover em breve, podem voltar a ficar abertos.
No quilômetro 130, em Faxinal de Dentro, Vale do Sol, próximo ao pedágio, a situação é semelhante com buracos. Já em Linha do Rio, assim como no acesso ao pórtico dos dinossauros, em Candelária, diversos buracos também foram tampados recentemente. Porém, as ondulações na pista ainda são os maiores problemas que se apresentam em toda a extensão da rodovia.
O caminhoneiro Fábio Engling também lamentou as condições da via, principalmente na região de Paraíso do Sul. “Toda a 287 está precária, desde o pedágio de Paraíso. Nas imediações da ponte de Agudo, só foi largado um piche por cima onde foi feita a cabeceira e depois nunca mais foi feito nada. O acostamento, quando tem, também é ruim, está bem complicado trafegar nesta rodovia.”
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A Secretaria de Reconstrução Gaúcha, responsável pelas concessões no governo do Estado, informou que uma equipe de fiscalização acompanha com frequência as condições das estradas estaduais concedidas. Segundo a assessoria de comunicação da pasta, o objetivo é verificar se os serviços prestados pelas concessionárias atendem aos padrões de qualidade previstos em contrato e esperados pelos usuários.
“Essas análises in loco geram relatórios que são enviados para as próprias concessionárias – oportunizando prazo para resolução de problemas – e Agergs, contribuindo assim para a melhoria do serviço ou possíveis punições por descumprimento de indicadores.” As informações podem ser acessadas em https://parcerias.rs.gov.br/relatorios-de-vistoria
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No caso da RSC-287, a secretaria ressalta que se trata de uma das rodovias mais afetadas pela catástrofe climática de maio de 2024. Os reflexos são sentidos até hoje, em razão dos diversos trechos impactados.
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A concessionária Rota de Santa Maria esclarece que as condições climáticas adversas, em especial as chuvas intensas registradas nos últimos dias, contribuíram para o desgaste do pavimento. Em nota, a empresa diz que esse cenário, somado aos danos no pavimento causados pelas enchentes do ano passado e ao alto volume de tráfego de veículos pesados com sobrecarga, exige intervenções contínuas e soluções mais robustas para garantir a durabilidade das melhorias realizadas na rodovia RSC-287.
Segundo informado pela empresa, todos os trechos que receberam obras emergenciais continuam sendo constantemente vistoriados. Sempre que há necessidade, eles passam por manutenção.
“A Rota de Santa Maria atua de maneira diligente, com pelo menos quatro equipes realizando trabalhos de reparos e recuperação de pavimento todos os dias, visando manter as condições de conforto e segurança da rodovia. Ao longo dos próximos meses, os trabalhos de recuperação serão intensificados, aproveitando a chegada do verão e o aumento da produtividade das obras”, afirma a concessionária.
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