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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Cai a procura pelo seguro-desemprego

Mesmo em meio a uma severa recessão econômica, que comprometeu a empregabilidade em 2016, Santa Cruz do Sul registrou queda na procura pelo seguro-desemprego no ano passado. O volume de pessoas que solicitou o benefício caiu 17% em comparação com 2015, segundo dados fornecidos pela Fundação Gaúcha de Trabalho e Assistência Social (FGTAS).

No total, 4.612 pessoas solicitaram seguro-desemprego no município. Em 2015, haviam sido 5.580. O período que registrou o maior volume de pedidos foi entre maio e agosto, quando é intensificada a dispensa de safreiros nas indústrias fumageiras (veja quadro).

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A coordenadora municipal do FGTAS/Sine, Fabiana Landesvatter, atribui a queda ao fato de as grandes indústrias e empresas de serviços terem mantido seus quadros, apesar da queda na atividade. “Notamos que tanto as demissões quanto contratações voltaram à normalidade”, observa.

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Com isso, mesmo quem perdeu o emprego não teve dificuldade de se recolocar no mercado. É o caso de Julciane Ramos Fernandes, de 36 anos, moradora do Bairro Arroio Grande. Depois do fim do contrato de experiência em uma rede varejista, no final de junho, ela se viu desempregada. Empenhada em voltar a trabalhar, começou a acordar cedo, por volta das 6 horas, para distribuir currículos no Centro. Um mês depois, Julciane foi contratada por uma loja de tecidos.

Para ela, conseguir emprego em Santa Cruz não é difícil, mas é preciso persistência. “Tem que ter força de vontade e procurar o quanto antes”, enfatiza. Há meio ano empregada, ela comemora a conquista. “É muito bom ter emprego, conseguir pagar as contas e dormir tranquila.”

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OS PEDIDOS

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Janeiro    297
Fevereiro    229
Março    363
Abril    485
Maio    548
Junho    497
Julho    484
Agosto    495
Setembro    286
Outubro    285
Novembro    294
Dezembro    349

Na contramão dos grandes polos

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Os números do seguro-desemprego comprovam que Santa Cruz vem reagindo bem à crise no que toca ao emprego. O mesmo sinal foi dado no último relatório do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Entre janeiro e novembro, o município registrou saldo positivo de 123 vagas. Isso ocorreu enquanto outros polos econômicos do Estado vêm amargando desempenhos piores. Caxias do Sul, por exemplo, teve saldo de -4,3 mil vagas. O mesmo ocorreu com Lajeado (-100), Pelotas (-482) e Rio Grande (-1.689). O Rio Grande do Sul e o Brasil também registraram mais demissões do que contratações.

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No caso de Santa Cruz, as contratações temporárias do comércio no último trimestre tiveram um peso importante, assim como o setor de serviços, ajudando a compensar a baixa nas admissões de trabalhadores temporários nas fumageiras – foram entre mil e 2 mil a menos do que no ano anterior. A expectativa é de que o saldo final de 2016 seja positivo. “Temos que comemorar esses números, que demonstram o vigor de nossa economia, graças ao empreendedorismo dos empresários e a capacidade técnica da mão de obra”, disse o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Léo Schwingel.

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