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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Cai, cai balão

A tradição de soltar balões, que é proibida mas ainda praticada em alguns locais, teve adeptos em Santa Cruz nos anos de 1930/40. Em junho, nos dias que antecediam as festas de São João, era comum vê-los sobrevoando a cidade. O arquivo de Luiz Kuhn ainda guarda registros.

O balonista mais popular chamava-se Arthur Gerhardt, que confeccionava balões de até 1,20 metro de altura, com armação de arame. Em volta, colocava papel grosso e fitas coloridas. Eles eram soltos em terrenos baldios da Rua Fernando Abott, no Centro.

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Na boca dos artefatos, havia uma tocha feita com saco de batata (aniagem) embebido em querosene ou parafina. Quando era ateado fogo, o ar de dentro ficava mais leve e o balão subia. A parafina era o combustível preferido, pois queimava devagar e o voo durava mais tempo.

No dia de São João, eram feitas fogueiras em vários locais e os balões tornavam-se um ingrediente especial destas festas. No livro Uma janela para o passado, a santa-cruzense Moina Fairon Rech lembra das fogueiras e recorda que uma das maiores ficava no terreno dos Melchiors, na esquina da Rua Tenente Coronel Brito com a Fernando Abott.
Há anos não se vê balões de ar quente na cidade e as fogueiras são raras. Em 1998, a soltura foi proibida no Brasil. Os balonistas passaram a incrementá-los com baterias de foguetes, o que aumentou o risco de provocarem incêndios e acidentes.

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Foto: Divulgação
Balões de Gerhardt eram soltos em terrenos baldios da Rua Fernando Abott
Foto: Divulgação
Festa no São Luís: Irmãos Maristas soltavam balões no pátio da colégio

 

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