Mantenho a convicção de que realizar greves em meio ao elevado nível de desemprego é um acinte e deboche com as pessoas que vivenciam essa triste situação. Pior: quando são atos manipulados e consequência de embaraços físicos (e violentos) e psicológicos ao direito de livre movimentação da maioria da população.
E não menos pior também é quando a maioria dos “grevistas” é servidor público (e de serviços concedidos, a exemplo de universidades). Aliás, remunerados por todos os brasileiros e com salários e direitos acima da média dos demais trabalhadores.
Publicidade
Entretanto, para os fins de um debate, admita-se que os principais temas de mobilização – contestação às atuais propostas de reforma trabalhista e previdenciária – sejam pertinentes.
E que mesmo o atual Congresso e o próprio presidente da República sejam carentes de credibilidade e legitimidade para tais modificações, neste momento. Mas tão verdadeiro também é o fato de que os líderes sindicais e politico-partidários (dos atuais protestos) também não gozam de credibilidade e legitimidade.
Publicidade
Alguém perguntará: mas qual o comportamento adequado e as soluções possíveis neste grave momento nacional? Com certeza, não é fazendo greve nem paralisações destrutivas do que nos resta de viabilidade e consenso social. É hora de serenar os ânimos e encontrar soluções.
Quem tem dúvidas de que há uma urgente agenda pública e social baseada na reconfiguração mundial da teoria e organização de Estado e fruto das relações globalizadas?
E que há uma intensificação e diversificação das relações e capacidades pessoais e comunitárias de produzir, trocar e gerenciar conhecimentos, utilizando as atuais tecnologias de relacionamento, informação e comunicação?
Publicidade
O momento exige cautela e responsabilidade. E não haverá apaziguamento e soluções com greves manipuladas e nem com a tentativa de recondução de líderes desmoralizados e desconectados da realidade.
Enfim, cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém, diz o ditado popular!
Publicidade