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Calor aumenta risco de acidentes com serpentes

Com o aumento das temperaturas, o contato do ser humano com as cobras passa a ser mais recorrente. Entre as sugestões de motivos para este aumento, a presença de pessoas no habitat destes répteis e a circulação maior das cobras em busca de comida e parceiro sexual a partir da primavera. Em 2014, foram notificados ao Ministério da Saúde 27 mil casos de acidentes ofídicos no País, sendo que no Rio Grande do Sul foram 850 ocorrências. 

A tratadora do Núcleo Regional de Ofidiologia da Fundação Zoobotânica, Acácia Winter, salienta que o RS é o 9º estado com maior número de acidentes ofídicos no Brasil. “Mais de 80% dos casos são acidentes botrópicos, ou seja, causados pelo grupo das jararacas, cruzeiras e jararacuçu”, acrescenta Acácia.

Ela detalha que a maioria das cobras venenosas possui fosseta loreal (orifício entre o olho e a narina que funciona como receptor do calor); pele com aspecto rugoso (a não venenosa possui pele lisa e brilhosa) e cabeça com formato triangular. “As cobras venenosas também possuem maior atividade à tarde e à noite, quando estão à caça de roedores. Porém, toda regra possui uma exceção: as corais verdadeiras possuem a pele lisa, brilhosa, não possuem fosseta loreal e, embora de comportamento bastante tranquilo, são extremamente venenosas”, ressalta Acácia.

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Mais de 70 espécies de serpentes habitam o Estado, mas apenas 11 oferecem algum risco ao ser humano. No último domingo, 1º, um menino de 1 ano e meio matou uma cobra com uma mordida na cidade de Mostardas, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. O animal apareceu enquanto a criança brincava no pátio da casa onde mora. 

Confira mais informações sobre as cobras: 

A importância

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São predadores e presas, responsáveis pelo controle populacional de outros animais (ratos, por exemplo). O veneno é usado para fabricar medicamentos, entre eles o tratamento para picada de serpentes e remédio para pressão alta. 

Ameaça às cobras 

Matança indiscriminada, destruição do habitat. No Rio Grande do Sul, estão ameaçadas de extinção a jararacussu, a cotiara e a surucucu do Pantanal. 

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Como se prevenir
 

Andar de botas ou perneiras, atenção ao colher frutas, atenção redobrada nos locais de mata, campo e brejo, manter predadores naturais, atenção ao mexer em materiais empilhados, usar luvas em colheitas e jardinagem, ficar alerta próximo a rios e lagoas, maior atenção à noite. 

O que fazer em caso de acidente 

Acalmar o acidentado e mantê-lo em repouso, lavar a área afetada com água e sabão e mantê-la elevada, levar o acidentado imediatamente para um hospital ou posto de saúde e, se possível, fazer registro fotográfico da cobra causadora do acidente, para que seja feito o tratamento adequado.

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O que não fazer

Não fazer torniquete ou garrote, não colocar substâncias no local da picada (café, fumo, folhas, urina, entre outras), não cortar ou queimar o local da picada, não sugar o veneno, não ingerir bebidas alcoólicas ou outras substâncias. Atenção: só o soro cura a picada de cobra.

O soro 

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O soro não é vendido. Ele só pode ser aplicado  hospitais de referência. Em caso de acidente na região de Porto Alegre, procure o Hospital de Pronto Socorro (HPS) pelo telefone 192 ou, em qualquer parte do Estado, o Centro de Informação Toxicológica (CIT) pelo telefone 0800-7213000.

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