Criada em 2019 no Brasil, a campanha do Julho Amarelo está em vigor e busca conscientizar sobre prevenção, diagnóstico e tratamento das hepatites virais. Em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9, a enfermeira do Centro Municipal de Atendimento à Sorologia (Cemas), Micila Chielle, afirmou que as campanhas são trabalhadas o ano inteiro em escolas, eventos municipais e empresas, mas durante os meses “coloridos”, a busca pela prevenção ganha mais atenção.
As doenças lembradas na campanha são as hepatites B e C, que são sexualmente transmissíveis, e a hepatite A, que tem como principal transmissão a fecal-oral ou água e alimentos contaminados. Não há cura para a hepatite B, mas pode ser controlada com acompanhamento médico. Já a do tipo C tem tratamento com chance de cura. A do grupo A não conta com um tratamento específico, mas as pessoas contaminadas costumam se recuperar completamente.
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Segundo Micila, a hepatite é uma inflamação das células do fígado, mas os sintomas podem acometer o corpo todo. Porém, a maioria delas é assintomática. “São os casos mais comuns porque, segundo a literatura, pode levar anos que os sintomas se manifestem os sintomas”, revelou. Entre os mais frequentes estão náusea, fadiga, cansaço, cor amarelada nos olhos e na pele e dor na região do fígado.
O tratamento deve ser definido pelo médico a partir do tipo de doença, conforme Micila. “É necessário fazer uma série de exames e definir a medicação, que difere a partir de cada caso.”
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Em Santa Cruz do Sul, já são mais de 700 casos notificados. O Cemas recebe em torno de três novos pacientes por mês e são quase 70 em tratamento para as hepatites no município.
Para prevenir as doenças, Micila recomenda que a população mantenha cuidados básicos com relação à saúde sexual e reprodutiva, como o uso de preservativo. “É uma doença altamente transmissível, por isso é importante se prevenir e conhecer a sorologia sexual dos parceiros”, salientou a enfermeira. No caso da hepatite B, a vacina está disponível em todas as salas de imunização do município.
Para descobrir se possui a doença, a pessoa deve fazer um teste rápido, que pode ser realizado no Cemas. Para facilitar o acesso, o centro atende à noite nas quartas-feiras, até as 20h30. Conforme Micila, a doença deve ser descoberta o quanto antes, para que não ocorram complicações graves. “Em torno de 20 minutos, o teste fica pronto. E a demanda é espontânea, não precisa de agendamento”, acrescentou.
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