Candidatos de Santa Cruz apontam desafios no Enem; veja o que disseram sobre a prova

Moradores de Santa Cruz do Sul e municípios vizinhos realizaram nesse domingo, 9, a primeira fase do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025. Ao todo foram 3.104 inscritos, incluindo de Candelária, Sinimbu, Vale do Sol e Vera Cruz, na busca por vagas no ensino superior. 

As provas ocorreram na Escola Estadual Rosário, Bairro Independência, e na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Nessa etapa, os participantes tiveram 5h30 para responder 90 questões das áreas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira – Inglês ou Espanhol, Artes, Educação Física e Tecnologias da Informação e Comunicação) e de Ciências Humanas e suas Tecnologias (História, Geografia, Filosofia e Sociologia), além da redação. 

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O tema da redação foi Perspectivas acerca do envelhecimento na sociedade brasileira. Os estudantes tinham até 30 linhas para escrever um texto dissertativo argumentativo.

Os participantes que realizaram a primeira fase na Unisc avaliaram a prova como desafiadora. Vitor Henrique Schwantes, que deseja concorrer a uma vaga no curso de Ciências da Computação, considerou que certas questões não foram bem elaboradas, sobretudo as finais. Ainda assim, acredita ter alcançado bons resultados em Linguagens e Códigos. 

Já Kaiany Moura Barbosa, de 18 anos, realizou o exame pela primeira vez e considerou mais difíceis as questões de espanhol, enquanto acreditava ter se destacado em português. Aluna do terceiro ano da Escola Polivalente de Santa Cruz do Sul, avalia que a experiência foi válida e estará mais preparada para o ano que vem. Destacou ainda os desafios de se qualificar para o Enem, já que além dos estudos trabalha como recepcionista. 

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O tema da redação surpreendeu os estudantes. Diante do desafio, buscaram maneiras criativas para abordar o envelhecimento da população com base nos seus repertórios. É o caso de Eduarda Tultenhagen Machado, de 20 anos.

A futura aluna de Medicina Veterinária achou o tema complexo, mas o explorou a partir de uma série da Netflix chamada Nonnas, sobre um grupo de idosas que decidem abrir um restaurante. “Ela mostra como elas se reintegram à sociedade, voltam a achar suas próprias paixões e se sentirem vivas”, explicou.

Tiago de Oliveira Haas, de 17 anos, trouxe exemplos de como o Japão e outros países lidam com essa situação, além dos sofrimentos da população. O estudante do segundo ano da Escola Goiás pretende ingressar na área de Engenharia. “A redação foi mais exaustiva porque era a etapa final, e aí tu já fica mais cansado e tem mais dificuldade. Mas consegui”, afirmou.

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Próxima

A segunda etapa do Enem será no próximo domingo, dia 16. Os inscritos deverão responder questões de matemática e ciências da natureza.

No País, 27% deixaram de participar do exame

Em todo o País, a primeira fase do Enem contou com 4,8 milhões de candidatos e foi realizada em 1.805 municípios. Além de Santa Cruz do Sul, Rio Pardo, Venâncio Aires e Cachoeira do Sul também receberam participantes.

Os portões dos locais das provas foram abertos ao meio-dia e fechados uma hora depois. Às 13h30 os participantes tiveram acesso ao exame, tendo até as 19 horas para concluir.

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Durante coletiva realizada na noite de domingo, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o índice de abstenção nessa etapa foi de 27%. É uma taxa semelhante à do ano passado, de 26,6%. Segundo ele, foi inferior à de 2023 (28,1%) e 2022 (28,3%). 

“A abstenção manteve a média e aumentou o número de participantes”, afirmou. Além disso, 3.240 inscritos foram eliminados por irregularidades e não atenderam às orientações dos fiscais. Santana mencionou casos de utilização de materiais impressos, porte de equipamentos eletrônicos e ausência dos assentos em horário não permitido. 

De acordo com o ministro, o gabarito oficial do primeiro dia de prova deve ser divulgado na próxima quinta-feira. Sobre o tema da redação, afirmou ser bastante atual, sobretudo no momento em que o País começa a inverter sua curva etária, aumentando o número de idosos. “[O tema] exige de todos nós brasileiros um olhar muito cuidadoso”, argumentou.

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