ads1 ads2
GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Cardiopatia congênita: diagnóstico precoce é essencial para tratamento

ads3

ads4

Um engasgo no primeiro banho após sair da maternidade foi providencial na vida de Cecília Cavalcanti, hoje com 8 anos. Foi assim, com a ida de urgência ao hospital e vários exames para investigar possíveis complicações, que se descobriu uma má formação no coração. No Dia Nacional da Conscientização da Cardiopatia Congênita, lembrado neste sábado, 12 de junho, o caso de Cecília mostra como o diagnóstico precoce e a atenção médica adequada no tempo certo são fundamentais para superar essa condição.

Ao perceber uma arritmia cardíaca, a médica que atendia a recém-nascida fez um ecocardiograma para diagnosticar o problema. “A cardiologista pediátrica que realizou o exame falou que no coraçãozinho dela tinha quatro furos. Esse era o problema: uma comunicação intra-arterial e intravenosa atípica, de forma que o sangue venoso se misturava com o arterial”, descreve o designer gráfico André Cavalcanti, pai de Cecília.

ads6 Advertising

Publicidade

LEIA TAMBÉM: Amamentação: vantagens para a saúde do bebê e da mamãe

Diagnóstico

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) aponta que, no Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde, são 10 casos a cada mil nascidos vivos. Cerca de 29 mil crianças que nascem com cardiopatia congênita por ano. Dessas crianças, cerca de 6% morrem antes de completar 1 ano de vida. Em situações graves, a doença pode ser responsável por 30% das mortes após o nascimento. Além disso, em torno de 80% dos casos diagnosticados vão precisar de alguma cirurgia cardíaca durante a sua evolução.

ads7 Advertising

Publicidade

LEIA TAMBÉM: Entenda o que muda com o novo Teste do Pezinho

“Você pode diagnosticar intra-útero muitas delas, mas outras você só consegue confirmar mesmo após o nascimento e outras, que são menos graves, muitas vezes a criança se desenvolve bem na primeira infância e o diagnóstico acaba sendo feito na adolescência, às vezes até na idade de adulto jovem”, aponta Ieda. Ela explica que o diagnóstico precoce vai permitir que se faça uma programação do tratamento.

ads8 Advertising

Publicidade

Cecília fez a cirurgia aos 11 meses e hoje não é mais considerada cardiopata. “Hoje ela não tem nenhum cuidado específico a não ser uma visita regular a uma cardiologista pediátrica, uma vez por ano”, explica o designer gráfico. André reforça a necessidade dos protocolos de atendimento após o nascimento, como teste do pezinho, do coraçãozinho, entre outros. “É confiar na ciência, confiar nos médicos e saber que, se for o caso de cirurgia, o melhor é que seja feito com mais celeridade para que a criança tenha o menor sofrimento possível.”

LEIA TAMBÉM: Teste do pezinho previne seis tipos de doenças em recém-nascidos

Tratamento

Segundo a médica do HCor, a partir de dados do DataSUS, há um déficit de tratamento dessa doença de aproximadamente 65% no país. “Isso tem a ver com as condições de diagnóstico, tem a ver com serviços que tenham não só o cardiologista pediátrico, mas a estrutura para tratar cateterismo, cirurgia cardíaca pediátrica, equipe multiprofissional”, analisa. Ela destaca a necessidade de capacitação de profissionais para que se possa disseminar esse tipo de tratamento.

Publicidade

Especialistas do HCor explicam que não há formas de prevenir a doença, porém, algumas mudanças comportamentais podem ajudar para o bom desenvolvimento do bebê. Em caso de gravidez planejada e acompanhada por um ginecologista, é importante que a mulher faça uso diário de ácido fólico. Além disso, a grávida deve adotar uma alimentação saudável e abolir o fumo, as bebidas alcoólicas e o consumo de medicamentos sem o conhecimento de especialista.

LEIA TAMBÉM
Dia da Prematuridade Infantil sensibiliza sobre problema
Prática que ajuda a salvar bebês prematuros completa 40 anos

Publicidade

ads9 Advertising

© 2021 Gazeta