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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Carnaval da pandemia terá lives, reprises e até ‘apuração fake’

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Como dizem os sábios versos de Nelson Sargento: “Samba, agoniza mas não morre/ Alguém sempre te socorre/ Antes do suspiro derradeiro”. O novo coronavírus atravessou o samba das agremiações do Rio e de São Paulo, mas não impediu que o maior espetáculo da Terra brilhasse na tela da TV – e do computador.

Em um País que ostenta o ingrato posto de 2º lugar no mundo com mais mortes pela Covid-19 (mais de 236 mil), as escolas de samba, seus foliões apaixonados e a TV Globo encontraram um jeito de manter viva a memória afetiva da festa que em nada combina com distanciamento social. Reprises de desfiles históricos, lives para escolher o samba que será cantado apenas em 2022 e até mesmo uma apuração “fake” em plena Quarta-feira de Cinzas estão no roteiro carnavalesco daqueles que querem matar a saudade da Marquês de Sapucaí e do Anhembi.

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Pandemia cancela carnaval de rua em Santa Cruz pelo segundo ano

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Nas madrugadas de sábado, 13, e domingo, 14, a Globo vai reprisar desfiles que marcaram época nos sambódromos do Rio e São Paulo – os compactos deverão misturar em um mesmo dia apresentações que ocorreram nas duas cidades, intercalando apresentações mais recentes e outras mais antigas. O “Vale a Pena Ver de Novo” momesco privilegiou desfiles mais recentes de São Paulo – como o da Rosas de Ouro em 2005 (“Mar de rosas”, injustiçado em um 7º lugar) e o campeão da Vai-Vai em 2008 (“Acorda Brasil! A saída é ter esperança”, sobre o poder da educação).

No Rio, um novo público poderá revisitar o delírio futurista de Fernando Pinto na Mocidade Independente (“Ziriguidum 2001, um carnaval nas estrelas”, campeão em 1985) e o protesto de Joãosinho Trinta no clássico “Ratos e Urubus, larguem a minha fantasia”, desfile sobre o lixo físico, mental e espiritual da sociedade brasileira. O cortejo da Beija-Flor, vice-campeã, foi eternizado pela imagem do Cristo mendigo, que desfilou coberto, censurado, com a faixa “Mesmo proibido, olhai por nós”. “Um evento escandaloso, criativo e profundo”, resumiu na época o Jornal da Tarde.

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