Carreira de Rodrigo Santoro é celebrada na abertura do Festival de Cinema de Gramado

Os olhares do 53º Festival de Cinema de Gramado voltaram-se ao ator Rodrigo Santoro nessa sexta-feira, 15, na abertura oficial da maior festividade da sétima arte no País. O carioca, que costumava visitar o Palácio dos Festivais para acompanhar da poltrona os filmes nacionais, subiu ao palco para receber o Kikito de Cristal, honraria que reconhece sua carreira nacional e internacional. “Foi o primeiro festival em que estive como espectador em muitos anos”, revelou.

Santoro, que completa 50 anos no dia 22 de agosto, teve sua trajetória marcada por clássicos do cinema brasileiro, incluindo Bicho de Sete Cabeças e Carandiru. Já no exterior, consagrou-se em produções como 300 e Simplesmente Amor. Também participou de séries renomadas, incluindo Lost e Westworld.

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O ator destacou a importância do Festival de Gramado e a relevância de ser reconhecido no evento, o qual considera fundamental para o cinema brasileiro e latino-americano. “É a primeira vez que estou recebendo esse reconhecimento no Brasil. E tem um sabor especial por tudo que foi preciso nessa jornada.”

Recordou que sua carreira teve início aos 18 anos. E no percurso, aprendeu que as fronteiras são mais concretas na geografia. Mesmo no exterior, manteve-se fiel à sua essência e ao seu coração, que frisou ser totalmente brasileiro.

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“A essência humana, as nossas histórias, sonhos e dores são universais. Por isso tive a oportunidade de trabalhar em outros idiomas e culturas, mas sentia que eu estava fazendo algo que já fazia, que era encontrar a verdade dos personagens e falar sobre o ser humano”, afirmou.

No palco, emocionou-se ao fazer os agradecimentos e dedicar o prêmio ao cinema brasileiro. Exaltou, sobretudo, as produções nacionais independentes. “Dedico o prêmio à resistência cultural e coragem de todos os profissionais do nosso meio que, apesar dos desafios que temos enfrentados, continuam trabalhando para contar as nossas poderosas histórias para o mundo”, disse, às lágrimas.

A noite seguiu com a estreia de seu novo trabalho, O Último Azul, dirigido por Gabriel Mascaro, forte concorrente ao Oscar e que já está premiado internacionalmente com o Urso de Prata, segundo maior prêmio do Festival de Cinema de Berlim. Em homenagem ao filme, o tradicional tapete vermelho da Rua Coberta foi coberto pela cor do título do longa-metragem.

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Com lançamento nos cinemas em 28 de agosto, a ficção mostra o governo ordenando que idosos se mudem para colônias habitacionais distantes, com o objetivo de maximizar a produtividade econômica. Ao ser convocada, Tereza (Denise Weinberg), de 77 anos, recusa-se e decide embarcar em uma jornada pela Amazônia.

As celebrações ao ator não terminaram por aí. Antes de ser premiado no Palácio dos Festivais, Santoro eternizou o momento ao colocar as mãos na calçada da fama de Gramado. O novo ponto dedicado à sétima arte foi inaugurado pelo artista.

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Em coletiva, o diretor reiterou a força do cinema nacional no exterior. Além do reconhecimento de O Último Azul em Berlim e Ainda Estou Aqui, primeiro filme nacional a ganhar um Oscar, destacou a presença de O Agente Secreto no Festival de Cannes, garantindo a premiação de melhor ator a Wagner Moura e melhor diretor a Kleber Mendonça Filho.

“Atravessamos todos os grandes festivais do mundo, mostrando a força dos brasileiros, que estão aí criando empatia com as plateias internacionais, e a força que o cinema brasileiro tem no exterior”, salientou.

Primeiro fim de semana terá exibição de curtas santa-cruzenses na telona do festival

Santa Cruz do Sul mostra o seu talento cinematográfico com a exibição de filmes produzidos por cineastas locais. Neste sábado, 15, O Pintor, de Victor Castilho, será apresentado na Mostra Competitiva de Curtas Gaúchos. A produção teve como cenário principal a Casa das Artes Regina Simonis. Também participa da competição Bom Dia, Maika. A produção santa-cruzense da Pé de Coelho, feita em parceria com o município de Caxias do Sul, será exibida no domingo, 17. Em seguida, A Balada de um Artista em Extinção, participa da mostra de filmes universitários. Dirigido por Vitz Almeida e Maurício Bremm, o filme foi vencedor da Mostra Olhares Daqui no 8º Festival Santa Cruz de Cinema.

Já os integrantes da Santa Cruz Film Commission e da Santa Cruz Polo Audiovisual participam de uma série de painéis voltados ao setor. Nos eventos, irão evidenciar os potenciais do município no intuito de trazer mais produções, além de fomentar o turismo cinematográfico e os atrativos locais. A Gazeta Grupo de Comunicações mais uma vez acompanha os eventos, com reportagens e conteúdos publicados nas edições do jornal Gazeta do Sul, Portal Gaz e nas redes sociais.

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