A sessão desta segunda-feira, 23, da Câmara de Santa Cruz vem sendo marcada por protestos anti-corrupção. Um grupo de cerca de 30 pessoas ocupou o plenário com faixas e cartazes para pedir providências dos vereadores em relação às denúncias de desvios de recursos do Programa Nacional de Desenvolvimento da Agricultura Familiar (Pronaf) na região.
Um dos acusados de envolvimento com o suposto esquema, que é investigado pela Polícia Federal desde 2012, é o vereador santa-cruzense Wilson Rabuske (PT). O grupo, que se identificou como Movimento João da Silva e foi mobilizado via Facebook, ingressou no plenário logo no início da sessão e passou a cobrar um espaço para a leitura de um manifesto. Diante da falta do espaço, alguns alegaram que os vereadores estavam “calando” os manifestantes.
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Devido à agitação, as atividades chegaram a ser suspensas pela presidente Solange Finger (PTB). No retorno, após cerca de 15 minutos, o manifesto foi lido na tribuna pelo vereador Gerson Trevisan (PSDB). O texto pedia a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) e o afastamento de Rabuske do cargo.
Na sequência, o próprio Rabuske foi à tribuna se defender das acusações. Disse que, apesar de já ter sido “condenado pela imprensa”, sequer foi indiciado pela Polícia Federal e negou envolvimento com quaisquer irregularidades. Também voltou a dizer que não pretende se afastar da Câmara por enquanto, embora admitiu que poderá se licenciar temporariamente em março devido a uma cirurgia.
Os manifestantes permanecem no plenário e já interromperam a sessão diversas vezes com vaias, aplausos e gritos.
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