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Catadores querem ampliar coleta em Santa Cruz do Sul

Quando entrou em ação, em novembro do ano passado, o projeto-piloto que levou a coleta seletiva solidária para os bairros Arroio Grande e Ana Nery prometia ser um teste para a expansão do serviço em Santa Cruz do Sul. Se houvesse boa adesão por parte dos moradores, o recolhimento se manteria nos dois bairros da Zona Sul e passaria a funcionar também no Margarida, Belvedere e Bonfim. O prazo final para a fase de avaliação foi janeiro, mas os catadores não pararam de trabalhar naquela região. Desde então, negociam uma remuneração adequada e esperam que o aumento da área de abrangência saia do papel.

A iniciativa de realizar o projeto-piloto foi da própria Coomcat, conforme informa o coordenador de Roteiro e Comunicação da cooperativa, Jonathan William dos Santos. “Nós fizemos a proposta e a Prefeitura concordou. O que queremos agora é uma remuneração adequada pelo serviço prestado naquela região, que por enquanto é voluntário, um extra que estamos fazendo”, conta. O volume de recicláveis coletados aumentou em 20%, com a inclusão dos dois bairros. Santos acredita que um acordo pode ser firmado em breve. “O Arroio Grande é um dos maiores bairros da cidade, com enorme potencial para gerar resíduos recicláveis. Acreditamos que a Prefeitura entende isso.”

De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, Anderson Mainardi, a pasta aguarda uma proposta formal da Coomcat para averiguar a possibilidade de remunerar o serviço prestado na Zona Sul. “Até hoje, não nos passaram nada formalizado, mas a Prefeitura tem amplo interesse em garantir atitudes ambientais adequadas”, diz. Atualmente, o Executivo repassa uma média de R$ 102 mil por mês para a Coomcat, por meio de um termo de cooperação com os catadores. 

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Em julho, foram R$ 45.684,64 para a estação de coleta, R$ 51 mil para a operação da usina de reciclagem, R$ 5.616 para a locação do prédio da cooperativa na Rua Venâncio Aires e R$ 500,00 referentes às despesas com energia elétrica da instalação. “Estamos oferecendo tudo o que podemos para cumprir nosso papel ambiental neste momento”, afirma Mainardi.

Volume aumentou 20% desde janeiro

Com a inclusão dos bairros Ana Nery e Arroio Grande no roteiro dos catadores da Coomcat, o volume de materiais recicláveis coletados aumentou em 20%, conforme estimou a cooperativa. São 60 toneladas por mês que chegam à estação da Rua Venâncio Aires, das quais 70% são reaproveitadas. Na usina, que também recebe rejeitos orgânicos, a média é de 300 toneladas mensais. Da quantia, metade é reciclada. 

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“Fazendo um balanço bem geral, podemos fizer que 60% de tudo o que entra na cooperativa nós conseguimos aproveitar e vender”, conta o coordenador de Roteiro e Comunicação da instituição, Jonathan William dos Santos. Após a separação, os resíduos recicláveis são processados e enviados à Região Metropolitana, onde voltam a se tornar matéria-prima. Como não há fins lucrativos, os valores arrecadados são distribuídos entre os catadores.

Atenção para os dias de coleta

Um dos desafios enfrentados pela Coomcat é a participação da comunidade no processo de reciclagem. Confira os dias em que os coletores passam em cada bairro e participe:
Bairro – Dias e turnos 
Higienópolis e Santo Inácio – Segunda e sexta-feira pela manhã
Avenida e Universitário – Segunda e quarta-feira à tarde
Independência e Renascença – Quarta pela manhã e sexta-feira à tarde
Várzea e Goiás – Segunda e sexta-feira pela manhã
Centro – De segunda a sexta, de manhã, à tarde e à noite
Ana Nery e Arroio Grande – Terça pela manhã

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SAIBA MAIS

  • RECICLÁVEIS: pet, jornal, papel, revista, caixa de papelão, latas de refrigerante, garrafas de vinho: O lixo deve estar seco e armazenado em sacolas plásticas, exceto as caixas. Não é preciso separar os itens entre si, embora seja recomendado. No entanto, é fundamental separar os recicláveis dos orgânicos, pois se estiverem misturados os catadores não têm autorização para recolher.
  • ORGÂNICOS: Casca de frutas e legumes, restos de alimentos e resíduos de podas e mudas: Nesse caso, existem dois destinos possíveis: fazer uma composteira doméstica para gerar adubo ou encaminhar ao sistema de coleta habitual, separado dos resíduos recicláveis.
  • PERIGOSOS: Eletrônicos, pilhas, baterias, pneus, solventes, chapas de raio X, medicamentos, latas de tinta, cartões magnéticos, óleo e lubrificantes:  Esses resíduos devem ser devolvidos aos fabricantes. Em Santa Cruz do Sul, podem ser destinados à Central de Recebimento de Pneumáticos e Eletrônicos (Crepel), mas somente no caso de pessoa física. A Crepel fica na Rua Bruno Francisco Kliemann, 101 (antiga metalúrgica Zaka), no Bairro Ana Nery. O telefone para contato é o (51) 3711 8442.
  • NÃO RECICLÁVEIS: Papel higiênico, fio dental, papel engordurado e fraldas:Encaminhar ao sistema de coleta habitual.

Problemas com a coleta?
Se o seu Bairro está na lista dos beneficiados pela coleta, mas os catadores não estão passando na sua rua, a Ouvidoria da Coomcat se propõe a resolver o problema. O telefone é o (51) 3902 7669. 

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