Categories: Regional

Cenário da Apicultura Familiar é abordado em seminário

Na continuidade das atividades do 19ª Seminário Estadual de Apicultura, que estão sendo realizadas no Auditório Central da Universidade de Santa Cruz do Sul desde a quinta-feira, 23, quando foi abordada a meliponicultura — a criação de abelhas nativas e sem ferrão —, foram realizadas na sexta-feira, 24, diversas palestras voltadas à apicultura. 

Entre os temas trabalhados no segundo dia esteve a “Criação de Rainhas”, apresentada pela professora e doutora, Kátia Peres Gramacho, do Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP) de Aracaju. Ela falou sobre as características desejáveis, como o aumento da variabilidade genética e a resistência a doenças, bem como as características indesejadas, como a agressividade das colmeias. Em seguida, o médico veterinário, Henrique Felix Erick Breyer, falou sobre a produção, beneficiamento e comercialização da própolis. Finalizando as atividades da manhã, o apicultor Paulo Figueiró abordou os custos de produção e o controle do apiário.

No período da tarde, o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar e assistente técnico do escritório regional da Instituição em Soledade, Vivairo Zago, abordou “O Manejo da Apicultura para o Pequeno Produtor”. O extensionista apresentou ao público o cenário da apicultura familiar, que é caracterizada por ser uma atividade complementar na propriedade rural e provocar a organização dos agricultores em associações de apicultores. “Quando a atividade é desenvolvida na pequena propriedade algumas peculiaridades podem ser observadas, como a mão de obra diferenciada e a maior disponibilidade de recursos naturais”, frisou Zago.

Publicidade

O extensionista enfatizou a importância do manejo do apiário, como a substituição de rainhas anualmente, alimentação durante o período de entressafra, substituição dos quadros (favos) velhos do ninho (cria) e manejo da colheita, visando elevar os índices de produtividade. “Todos esses aspectos visam aumentar a eficiência produtiva da apicultura na propriedade familiar”, expôs Zago. Ainda segundo o extensionista, a capacitação do agricultor ao iniciar na apicultura é fundamental. “Ao se capacitar para a atividade que ele exerce o agricultor poderá aumentar a produtividade e com isso, a renda. A agricultura familiar é um sistema de produção diferente dos outros, em que se consegue desenvolver diversas atividades, todas com foco na produção e interligadas entre si”, finalizou.

Aos 22 anos de idade o apicultor Douglas Sanatiel Haas da Fonseca esteve presente no seminário. Residente no município de Passo do Sobrado, o jovem agricultor e o pai, que auxiliou no início, decidiu investir na atividade há três anos. Atualmente, Douglas realiza sozinho o manejo das cerca de 45 caixas que possuí na propriedade rural da família, sendo colhidos em média 22 quilos por caixa no ano de 2014. “Me interessei pela atividade e busquei apoio na Emater. Desde então, participo de dias de campo, seminários e reuniões. Quando comecei não sabia nada e essas atividades, assim como a Associação Colmeia do Passo tem me ajudado muito”, relatou.

Na programação do dia ainda foram relatadas experiências na área da apicultura, sendo apresentado o trabalho da família do apicultor Celso Borba, de Lajeadinho, em Tabaí. Em seguida, foi relatada a experiência da Associação dos Apicultores de Progresso (AAPRO), que conta com 11 associados e está construindo uma agroindústria para o beneficiamento do mel. Em seguida foi realizado um simpósio sobre a legislação e processamento de produtos apícolas. Para finalizar as palestras do segundo dia do seminário estadual de apicultura foi abordado o tema “Manejo das Colmeias para Produção de Pólen” pelo presidente da Confederação Brasileira de Apicultura (CBA), José Soares de Aragão Britto.

Publicidade

TI

Share
Published by
TI

This website uses cookies.