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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Clube de leitura dá ênfase a obras escritas por mulheres

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Um clube de leitura com o objetivo de ler apenas obras escritas por mulheres inicia suas atividades no próximo fim de semana. O Leia Mulheres, idealizado aqui por Ana Martins, Luana Ciecelski e Rosiana Kist, quer incentivar a leitura e de quebra fortalecer o nome de escritoras. O primeiro encontro ocorrerá no próximo sábado, 14, a partir das 17h30, no Café Dona Boleira (Marechal Floriano, 77), com entrada franca.

O trio se conheceu no Programa de Pós-Graduação em Letras da Unisc, no qual são alunas de mestrado e doutorado. Uma das disciplinas acabou instigando debates acerca do feminismo e, a partir dessas discussões, a vontade de fundar um clube de leitura nos moldes do Leia Mulheres de São Paulo. “A ideia do clube é dar espaço para escritoras e incentivar a leitura de obras escritas por mulheres, principalmente porque o mercado editorial ainda perpetua a desigualdade de gênero na literatura, há uma grande diferença de representatividade, ou seja, há um número muito maior de obras escritas por homens do que por mulheres”, explica a jornalista Luana Ciecelski.

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A ideia da organização é que os próprios leitores indiquem sugestões e ajudem a escolher as próximas leituras do clube. No próximo mês, a leitura será de uma autora negra e em maio está previsto um livro da escritora Letícia Wierzchowski, que será a patrona da 33ª Feira do Livro de Santa Cruz. Interessados podem entrar em contato com as organizadoras através das redes sociais. No Facebook foi criado um grupo intitulado “Leia Mulheres Santa Cruz do Sul – RS”. No Instagram, as ações são divulgadas por intermédio da conta @leia_mulheres_scs.

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O primeiro livro escolhido pelo clube foi Querido Arthur da autora gaúcha Lélia Almeida, ex-moradora de Santa Cruz do Sul. “Nós estávamos na dúvida a respeito de qual obra escolher pra começar, até que a Ana sugeriu que optássemos por alguma escritora que tivesse relação com a cidade. Não demorou pra que nós pensássemos na Lélia porque, apesar de ter nascido em Santa Maria, ela viveu aqui e foi professora na Unisc durante muitos anos”, conta Luana.

Uma das principais características da obra da escritora é salientar as personagens femininas. O livro conta, por meio de cartas, a história de Emy e Celina, agora duas mulheres que dividiram a infância na casa de uma tia-avó compartilhando experiências e sonhos. Com a morte de Emy, ela deixa para Celina a responsabilidade de levar o filho Arthur para conhecer o pai, além de contar para o menino quem era a mãe dele. “O livro tem 126 páginas, mas é muito profundo no que se refere às relações humanas e principalmente nas relações entre as mulheres. Todas as que aparecem nessa história são muito fortes, muito especiais.”

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