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Colheita de arroz na região pode ser prejudicada pelo El Niño

As consequências do fenômeno climático El Niño causam transtornos para os produtores de arroz da região. Em função das enxurradas expressivas e das constantes enchentes dos últimos meses, a colheita do grão está bastante lenta diante das expectativas iniciais. Em entrevista à Rádio Gazeta na manhã desta terça-feira, 5, o engenheiro agrônomo responsável pelo 27º núcleo do Instituto Riograndense de Arroz (Irga) em Candelária, José Fernando Rech de Andrade, revelou que a produtividade deste ano pode ser afetada consideravelmente em função do clima. 

“Acreditamos que vamos ter uma quebra de 10 a 15% nas lavouras a serem colhidas. É muito precoce anunciar isso ainda, mas é uma previsão”, explicou. Segundo Andrade, até o momento, apenas 10% da produção foi colhida, sendo que a expectativa era de atingir os 25% nesta época do ano. “O tempo está nos ‘judiando’ novamente”, lamentou. 

Apesar dos números negativos, Andrade reforçou que há algumas lavouras que possuem um aproveitamento satisfatório de produção. “Em alguns lugares, como em Cruzeiro do Sul e Venâncio Aires, que tiveram apenas duas lavouras colhidas, a colheita foi muito boa”, disse. Nestes locais, foram colhidos cerca de 8 mil quilos for hectare. Já em outros pontos, conforme Andrade, algumas lavouras tiveram uma produtividade abaixo dos 120 sacos de arroz. “Isso é muito ruim para o produtor”, reforçou. 

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A expectativa da entidade é de que o clima dê uma trégua nos próximos dias e o trabalho seja agilizado. “A ideia é de que nas próximas semanas as condições de colheita melhorem. Porém, na medida em que o tempo vai correndo, a tendência é de que haja uma quebra na produtividade”, finalizou Andrade. 

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