Com ambulâncias novas, as velhas estão paradas

A renovação da frota de ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para cinco municípios da região veio acompanhada de um impasse. Prefeitos de Rio Pardo, Encruzilhada do Sul, Sinimbu, Candelária e Vera Cruz acreditam ser um desperdício ter os veículos antigos parados, apenas para reserva técnica, enquanto poderiam estar atendendo à demanda das secretarias municipais de Saúde. O chefe do Executivo de Candelária, Paulo Butz-ge, esclarece que o governo não havia prometido a liberação dos veículos.

“Foi uma renovação de frota, sabíamos que continuaria sendo do Samu. Porém, só temos uma equipe de Samu, o governo só repassa recursos para manter essa equipe e a ambulância nova. Desde que chegou a nova, a outra está parada.” Segundo o prefeito, eventualmente, o Município, que já possui dois veículos próprios, precisa contratar um terceiro para dar conta dos atendimentos. “É um desperdício. Por que terceirizar outra se tem uma ambulância do Samu parada?” Butzge salienta que a Prefeitura já entrou com um pedido na 13ª Coordenadoria Regional de Saúde para tentar viabilizar a liberação por parte do Estado. 

Início das operações foi marcado pela burocracia

O impasse é apenas mais um dos problemas referentes à nova frota do Samu. Apesar de os veículos terem sido entregues pelo presidente Michel Temer a 61 prefeitos em 9 de janeiro, a burocracia impediu que as ambulâncias passassem a operar logo em seguida. O motivo seria a necessidade de um contrato de cedência do Estado para os municípios. 

Outro município que demorou a ter o novo carro em ação foi Vera Cruz. Segundo a secretária de Saúde, Eliana Giehl, o funcionamento se iniciou em 27 de março e, além da burocracia, foi preciso regularizar os documentos. Os papéis indicavam que o veículo teria capacidade para apenas três pessoas, mas, na prática, pode transportar até oito. 
Em Rio Pardo, a ambulância também entrou em operação na primeira semana de marçoEm Encruzilhada do Sul foi em fevereiro e em Candelária, dez dias depois da entrega, ainda em janeiro.