A cada transcrição dos surrealistas diálogos dos “empresários” da JBS cresce a indignação dos que possuem um mínimo de senso ético. Essa cloaca em que se transformou o noticiário político é uma fase que, no futuro, talvez, será benéfica para o País.
É notório que a propina é moeda corrente em Brasília. Não precisa ser prefeito ou vereador para saber que os recursos da União sempre chegam reduzidos a seu destino. Os ralos do caminho são encarados com normalidade. Quem reclamar ou denunciar é proscrito na distribuição de auxílios, fundamentais para manter saúde, educação e políticas sociais.
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Não precisamos de líderes messiânicos, salvadores da pátria, mas de convergência em favor da salvação do País. O ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, concedeu uma entrevista que primou pelo equilíbrio, sobriedade e compromisso com o Brasil, domingo à noite, no programa Canal Livre, da Band TV.
FHC defende a possibilidade de candidaturas autônomas, fora dos partidos, como acontece em outros países. Considera fulcral a discussão em torno do voto obrigatório, além de uma séria reflexão sobre o momento em que o aumento da produção, o avanço da automação e o consequente desemprego criam um novo cenário mundial.
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Paralelamente às mudanças éticas na políticas deve ocorrer uma alteração de postura dos eleitores. Eles deverão estabelecer novos critérios de escolha, abandonando a valorização apenas do companheirismo, da indicação de terceiros ou a partir de suas conveniências. Sem romper com o hábito de “furar a fila” e obter vantagem em tudo, jamais forjaremos um novo Brasil.